O local permanece fechado, sem previsão de reabertura à população, já que os equipamentos de atividades de lazer foram queimados.
Redação Publicado em 31/08/2021, às 11h49
Imagens de satélite mostram que o incêndio que atingiu o Parque do Juquery, em Franco da Rocha, consumiu 53% da área da Unidade Conservação. Os dados comparativos foram obtidos em 20 de julho, antes do fogo, e 24 de agosto, após o fim do incêndio.
O total atingido é de 1,175 hectares. As informações estão no relatório do Centro de Monitoramento da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo.
O incêndio no Parque do Juquery teve início na manhã do domingo, 22/08 e durou 4 dias. Mais de 300 pessoas entre integrantes do Corpo de Bombeiros, brigadistas e funcionários do parque trabalharam no combate às chamas. A Policia Civil investiga se a causa foi a queda de um balão no local.
Além da vegetação que foi consumida pelo fogo, o incêndio também atingiu a fauna do parque. Vinte e cinco animais foram resgatados por veterinários voluntários, sob responsabilidade do Conselho Regional de Medicina Voluntária (CRMV). Destes animais, 14 não resistiram aos ferimentos e morreram.
O parque do Juquery permanece fechado, sem previsão de reabertura à população, já que os equipamentos de atividades de lazer como bancos, mesas, quiosque e placas informativas também foram queimados. A Fundação Florestal ainda contabiliza os danos.
Estudos apontam que a maior parte dos incêndios florestais são decorrentes de ação antrópica (causados pelo homem de maneira acidental ou intencional). O descuido humano ou a negligência são fatores que aumentam a probabilidade de ocorrências de eventos de fogo sem controle. Em 2020, por exemplo, mais de 90% dos 274 focos tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas.
O Parque Estadual do Juquery conserva importantes remanescentes de Cerrado, bem como as áreas de mananciais do Sistema Cantareira. O principal atrativo da unidade é o Ovo do Pato, elevação que impressiona com seus 942 metros de altitude, de onde pode-se avistar outras áreas protegidas que formam um grande corredor ecológico.
O Cerrado apresenta vegetação submetida a condições ambientais severas, como fogo periódico e longa estação seca. Suas árvores caracterizam-se por serem tortuosas, com casca grossa e rugosa, folhas verdes e espessas, distribuídas de forma esparsa, o que forma a típica paisagem do bioma.
Este ambiente é formado por dois componentes considerados opostos: as ervas e as gramíneas, e as árvores e os arbustos. Ambos competem pela luz do sol. Quando um componente predomina, o outro fica mais raro.
Assim, o Cerrado é formado por um gradiente que vai do campo limpo (formado por ervas e gramíneas), passando pelo cerrado sensu stricto (composto tanto por ervas e gramíneas, quanto por árvores e arbustos esparsos), até o cerradão, composto predominantemente por árvores.
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