Feito inédito de paciente australiano abre caminho para esperança em outros pacientes que aguardam transplante cardíaco; entenda!
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 14/03/2025, às 16h40
Um australiano fez história ao viver mais de 100 dias com um coração artificial de titânio, um feito inédito que representa um avanço significativo na medicina e uma esperança para pacientes que aguardam por um transplante cardíaco.
O paciente, que preferiu não revelar sua identidade, sofria de problemas cardíacos graves e aguardava por um doador de coração. Em novembro de 2024, com seu quadro clínico se agravando, os médicos optaram por implantar o dispositivo de titânio, conhecido como BiVACOR, para prolongar sua vida até a chegada de um órgão compatível.
O australiano é a sexta pessoa no mundo a receber o BiVACOR, mas o primeiro a sobreviver por tanto tempo com o dispositivo. Na última semana, ele finalmente recebeu um coração compatível e passou por um transplante bem-sucedido, estando em recuperação da cirurgia.
Segundo o G1, pesquisadores celebram o feito como um marco revolucionário, que abre caminho para oferecer mais tempo a pacientes em lista de espera por transplante. Além disso, estudos estão em andamento para aprimorar o dispositivo, visando sua utilização como solução definitiva, sem a necessidade de transplante.
O BiVACOR é um coração artificial completo, feito de titânio, que pesa cerca de 650 gramas e é pequeno o suficiente para caber no corpo de uma criança de 12 anos. O dispositivo funciona como uma bomba contínua, impulsionando o sangue por todo o corpo através de um rotor magneticamente suspenso.
Alimentado por uma bateria externa recarregável, o coração de titânio oferece autonomia de quatro horas, alertando o paciente quando uma nova bateria é necessária. A expectativa é que, no futuro, a tecnologia permita o carregamento sem fio do dispositivo, oferecendo ainda mais liberdade aos pacientes.
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