Calçado lendário usado por Judy Garland no clássico de 1939 foi roubado em 2005, mas Terry Jon Martin só foi condenado na última segunda-feira, 29
Fabio Previdelli Publicado em 30/01/2024, às 13h40
Na última segunda-feira, 29, Terry Jon Martin, 76 anos, enfrentou a Justiça do Minnesota por ter roubado, em 2005, os sapatinhos de rubi usados por Judy Garland no clássico 'O Mágico de Oz' (1939).
O item foi recuperado em 2018, mas Martin só foi indiciado pelo crime no ano passado, após uma investigação policial que culminou com o ladrão confessando o roubo do item lendário.
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Inicialmente, as diretrizes federais recomendaram que a sentença de Terry Jon Martin fosse estabelecida entre quatro anos e meio e seis anos de detenção, além de uma multa de 23.500 dólares pagas ao Museu Judy Garland.
No entanto, devido a uma "influência motriz", o juiz distrital Patrick Schiltz determinou que Martin fosse condenado apenas pelo valor da multa — além de uma taxa mensal de 300 dólares.
O motivo alegado é que o ladrão está sob cuidados paliativos e deve morrer nos próximos meses, conforme repercutiu o NY Post. Ele também necessita de oxigenoterapia constante para doença pulmonar obstrutiva crônica.
Certamente não quero minimizar a gravidade do crime do Sr. Martin", disse Schiltz. "Senhor Martin pretendia roubar e destruir uma parte insubstituível da cultura americana".
Apesar de um passado de crimes, Terry Jon Martin decidiu abandonar a vida de roubos no final dos anos 1990. Em 2005, porém, ele foi abordado por um ex-associado ligado à máfia que pediu para ele roubar o clássico sapatinho de Dorothy.
"A princípio, Terry recusou o convite para participar do assalto. Mas velhos hábitos são difíceis de morrer, e a ideia de um 'último golpe' o manteve acordado à noite", disse seu advogado, Dane DeKrey, em um memorando.
Depois de muita reflexão, Terry teve uma recaída criminal e decidiu participar do roubo", completou.
Martin só foi acusado do roubo, porém, no ano passado, quando uma investigação culminou em sua confissão. Em outubro, ele se declarou culpado pelo roubo, admitindo ter usado um martelo para quebrar o vidro da porta do museu e da vitrine onde ficava o calçado.
Numa audiência naquele mesmo mês, Martin revelou que esperava remover os rubis 'verdadeiros' do sapato para vendê-los, mas uma pessoa que negocia bens roubados informou que as joias não eram reais.
Assim, ele se livrou do objeto cerca de 48 horas depois. Terry não tinha ideia do significado cultural dos sapatos de rubi e nunca tinha visto 'O Mágico de Oz', segundo finalizou seu advogado.
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