Imagem ilustrativa - Imagem de Marcello Rabozzi por Pixabay
Estados Unidos

Homem é solto 12 anos após descoberta de que testemunha ocular era cega

Condenado a 76 anos de prisão, Darien Harris foi preso em 2011 acusado de homicídio em tiroteio em um posto de gasolina em Chicago

Fabio Previdelli Publicado em 29/05/2024, às 13h06

Depois de passar 12 anos na prisão por uma condenação de homicídio, um homem de Chicago, nos Estados Unidos, foi inocentado após os investigadores descobrirem que a crucial testemunha ocular era legalmente cega. Agora, o sujeito processa a cidade e o departamento de polícia.

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Darien Harris, atualmente com 31 anos, foi condenado a 76 anos de prisão em 2014, por um tiroteio fatal em um posto de gasolina no bairro de South Side em 2011 — quando ele tinha apenas 18 anos. 

No entanto, Harris acabou sendo liberto em dezembro do ano passado depois que o ‘Projeto Exoneração’ mostrou que a testemunha ocular havia mentido sobre sua visão; visto que ela havia sido declarada legalmente cega com glaucoma avançado nove anos antes de reconhecer Darien em uma lista de suspeitos. 

Com isso, Darien Harris alegou que a polícia fabricou provas contra sua pessoa e também obrigou testemunhas a fazerem declarações falsas, conforme relatado pelo Chicago Tribune na última segunda-feira, 27.

Apesar de livre, Harris aponta que encontra dificuldades para se estabilizar com sua vida fora das grades. "Não tenho nenhuma ajuda financeira. Ainda sou [tratado como] um criminoso, então não consigo um bom emprego. É difícil para mim entrar na escola", disse ao Tribune. "Eu estive tão perdido".

Sinto que eles levaram um pedaço de mim que é difícil recuperar", acrescentou.

O crime

Darien Harris estava no último ano do ensino médio quando foi preso após uma testemunha ocular — legalmente cega — reconhecê-lo em uma fila policial e identificá-lo perante o tribunal. 

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A testemunha, que não teve sua identidade revelada, afirmou que estava andando em sua scooter motorizada perto do posto de gasolina quando ouviu tiros e viu uma pessoa, que seria Harris, com uma arma na mão.

Na época, o advogado de Harris questionou a testemunha se sua diabete afetava sua visão, mas ela negou ter qualquer tipo de problema ocular. Vale ressaltar que um frentista também foi chamado para depor, afirmando que Harris não era o atirador.

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