Norte-americano passou vinte anos de sua vida no corredor da morte, mas acabou sendo inocentado de crime ocorrido em 1977
Giovanna Gomes Publicado em 24/06/2024, às 08h12
O Tribunal de Apelações Criminais do Texas inocentou um homem que passou cerca de 20 anos no corredor da morte nos Estados Unidos. Kerry Max Cook havia sido acusado de estuprar, assassinar e mutilar Linda Jo Edwards, de 21 anos, em Tyler, Texas, em 1977. O caso envolveu três julgamentos e múltiplos recursos.
A jovem foi encontrada morta em seu quarto por uma amiga. Kerry, atualmente com 68 anos, morava no mesmo complexo de apartamentos da vítima e foi identificado como um dos suspeitos. Segundo a investigação, um conjunto de impressões digitais próximas ao local do crime correspondia às de Cook.
De acordo com informações do portal de notícias UOL, a primeira condenação pela morte de Edwards ocorreu em 1979, mas a sentença foi anulada. Em 1992, um segundo julgamento terminou sem um veredito unânime.
No terceiro julgamento, em 1994, o réu foi novamente condenado e sentenciado à morte. Contudo, em 1996, o Tribunal de Apelações Criminais do Texas anulou o veredito, citando má conduta por parte da polícia e dos promotores.
Em 1999, o caso teve um novo desdobramento quando testes de DNA nas roupas íntimas da vítima não corresponderam ao do acusado, e especialistas declararam que as impressões digitais na cena do crime não eram recentes.
Durante todo o processo, Cook enfrentou complicações, incluindo o testemunho de um preso do condado de Smith, que afirmou que o réu havia confessado o crime. Posteriormente, o homem admitiu que mentiu para obter uma redução de pena.
Antes do quarto julgamento em 1999, um acordo judicial foi alcançado, resultando na condenação de Cook a 20 anos de prisão. Como ele já havia cumprido esse período, foi liberado. Agora, o homem foi formalmente considerado inocente do assassinato de Edwards.
O juiz declarou que as provas se revelaram falsas e que evidências favoráveis a Cook haviam sido retidas. Além disso, algumas das provas apresentadas no primeiro julgamento em 1978 foram comprovadas como não verdadeiras.
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