Jonathan Jacob Meijer, o holandês acusado de doar mais sêmen do que deveria - Reprodução/Facebook
Holanda

Holandês acusado de doações de esperma excessivas pode ter 550 filhos

Músico de 41 anos teria doado mais que o permitido de sêmen

Redação Publicado em 27/03/2023, às 15h07

Jonathan Jacob Meijer é um músico holandês de 41 anos que está sendo acusado e indiciado por fazer doações de sêmen "obsessivas". Segundo o processo que está sendo movido contra ele, o holandês doou mais que o permitido e enganou centenas de mulheres ao redor do mundo ao esconder a informação de que ele já era pai.

A entidade Donor Child Foundation entrou com um processo contra Meijer junto das mães. Segundo eles, o homem pode ser o pai de cerca de 550 crianças. A intenção do processo é impedi-lo de doar por um período de tempo e destruir seus espermas que estão em bancos, mas ainda não estão reservados.

Segundo o UOL, já em 2017, outra organização da área, a Sociedade Holandesa de Obstetrícia e Ginecologia, levantou um alerta de que Meijer seria pai de 102 crianças diferentes que haveriam nascido de amostras de esperma em dez clínicas diferentes da Holanda.

Estratégia

Como o caso ilegal de Meijer foi denunciado na Holanda, ele passou a doar sêmen em outros países da região, como a Dinamarca e a Ucrânia. Ele teria realizado essas doações por meio de serviços virtuais em sites e redes sociais, segundo o jornal britânico Daily Mail e a agência de notícias holandesa AD. O homem de Haia vendeu um pote de amostra de sêmen a essa mãe por 165 euros, cerca de R$ 930.

"Ele parecia calmo, simpático e bem-comportado. Ele amava a música e falava sobre seus pensamentos sobre a vida. Ele parecia 'O Garoto da Casa ao Lado'", disse a mãe de um dos filhos de Meijer sobre como ele se apresentava, em reportagem ao New York Times.

Nas clínicas de doação holandesas, o máximo de filhos que um doador pode ter é 25. Alguns dos perigos de ter muitos filhos são as possíveis mazelas psicológicas para as crianças, sabendo que seu pai biológico tem tantos filhos, e também a possibilidade de, no futuro, se envolver romanticamente com alguém que você não sabe que é um parente.

Em uma matéria do New York Times de 2021, Meijer se defendeu, falando que não faz isso por motivos narcisistas, e sim para ajudar:

O que me motiva como doador é apenas fazer algo realmente grande com apenas uma pequena ajuda, a valorização dos destinatários e os sentimentos e lembranças calorosas que compartilho com as crianças e os destinatários", disse o doador holandês.
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