O historiador Pedro Huertas detonou os erros históricos em Gladiador 2 e defendeu o diretor Ridley Scott da "geração mimada"
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 09/12/2024, às 13h00
O lançamento de 'Gladiador 2' gerou debates acalorados entre fãs de cinema e historiadores. Entre os críticos mais ferrenhos está Pedro Huertas, guia do Museu Cartagena Porto de Culturas e autor de 'Roma Não se Fez em um Dia'. Em entrevista ao programa 'Mañana más' da RTVE Play, ele não poupou críticas ao filme de Ridley Scott.
"É como se este senhor quisesse colocar sabres de luz nos gladiadores, embora bem, ele pegou um rinoceronte que não é o pior do filme. De fato, é uma das melhores coisas", ironiza Huertas na entrevista, referindo-se às liberdades criativas tomadas por Scott.
Por onde começar? O filme que não emocionou o historiador. Em termos históricos, é uma viagem tremenda porque é um filme de ficção", resume.
O historiador também defendeu Ridley Scott de críticas relacionadas à inclusão de Denzel Washington no papel de Macrinus. "Você reclama disso e não reclama que Geta e Caracalla parecem vampiros de Crepúsculo?", questiona Huertas, apontando outras incoerências históricas do filme.
Macrinus, que realmente existiu, tem origem africana, então não é o mais absurdo do filme: "Eles reclamam quando colocam uma coisa, reclamam quando colocam outra e depois a geração mimada são os jovens de 20 anos", aponta o divulgador
Segundo o 'Adoro Cinema', Pedro destaca outros erros como a representação exagerada das naumaquias no Coliseu, a idade dos personagens e a falta de precisão no figurino. "Caracalla parece um Calígula decadente", observa o especialista, comparando o personagem com a representação do imperador no filme de 1979.
Apesar das críticas, Huertas reconhece o talento de Ridley Scott como um grande diretor de blockbusters. "Em termos históricos, o que se fazia era pegar um espaço, esvaziá-lo um pouco e canalizá-lo do rio ou do mar para colocar água e criar a naumaquia ali. Não era fazer uma atividade dentro do anfiteatro", explica, reconhecendo que o diretor se permitiu exagerar para criar cenas mais espetaculares.
No final das contas, o historiador conclui que 'Gladiador 2' é um filme muito longo: "Sobram meia hora de duração, eu acho, e conversava sobre isso com meus colegas. São duas horas e meia de duração. Preparem-se quando forem, comprem muita comida, muita água ou bebida ou o que quiserem", finaliza na entrevista.
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