O templo mais antigo do mundo revela uma nova faceta sobre o passado da humanidade
Alana Sousa Publicado em 06/05/2019, às 16h00
O templo mais antigo do mundo, Gobekli Tepe, localizado no sul da Turquia, foi o local de uma profunda pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, para tentar decifrar o significado de sua escultura mais importante, gravada em um pilar do templo conhecido como “Pedra do Abutre”.
Agora, os resultados foram publicados na revista Mediterranean Archaeology and Archaeometry.
O estudo revelou que a escultura, na verdade, conta a história de um cometa que teria atingido a Terra por volta de 10.950 a.C., período que coincide com uma pequena Era do Gelo, chamada de “Dryas recente”.
Os resultados foram alcançados a partir de uma análise onde os estudiosos cruzaram o evento retratado com simulações computadorizadas do sistema solar no ano correspondente. Pesquisadores concluíram então que o Gobekli Tepe era não só um templo, mas um observatório para monitorar o céu durante a noite.
Era do Gelo: Dryas recente
Até agora era desconhecida a causa da Era Dryas recente, que durou cerca de 1.000 anos, e é considerada um período essencial para entender a evolução da humanidade. Época do surgimento da agricultura e das primeiras civilizações neolíticas.
Entretanto a equipe escocesa acredita que o templo é a primeira evidência encontrada que comprova a ocorrência do evento.
As figuras esculpidas pelo antigo povo de Gobekli mostram animais, um homem decapitado e alguns símbolos representando as constelações astronômicas e um enxame de fragmentos do cometa atingindo a Terra. Uma forma de marcar um evento de tamanha amplitude e honrar as vítimas do desastre.
“Acho que esta pesquisa, junto com a descoberta recente de uma anomalia generalizada de platina em todo o continente norte-americano, praticamente fecha o caso em favor do impacto de cometa no Dryas”, disse um dos pesquisadores do estudo, Martin Sweatman, ao jornal The Telegraph.
A preservação das esculturam apontam a importância que essas tinham para o povo de Gobekli e sua cultura. Segundo Sweatman, esta é mais uma situação na qual “a arqueologia nos ajuda a compreender melhor o passado da civilização”.
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