Arqueólogo em Tell Tweini - Divulgação
Arqueologia

Hábitos alimentares da antiga Síria eram semelhantes à moderna 'dieta mediterrânea'

Novo estudo publicado na revista Plos One analisou a dieta de pessoas que viveram na região da Síria durante a Idade do Bronze

Giovanna Gomes Publicado em 14/06/2024, às 09h57

Populações humanas que viviam em Tell Tweini, um antigo assentamento da Idade do Bronze próximo à cidade síria de Jableh, alimentavam-se principalmente de grãos, uvas, azeitonas e pequenas quantidades de carne e laticínios. É o que diz um artigo publicado na revista Plos One, nesta quarta-feira, 12.

O estudo foi realizado por arqueólogos da Universidade de Leuven e da Universidade de Tübingen, que elaboraram uma análise isotópica de plantas, animais e restos humanos encontrados na região proporcionando um entendimento detalhado de como os nutrientes fluíam através da cadeia alimentar e dos sistemas agrícolas.

Os resultados indicam que, durante a Idade do Bronze Médio (2000 a 1600 a.C.), os habitantes apresentavam baixos níveis de isótopos de nitrogênio, sugerindo que a dieta era predominantemente baseada em plantas como grãos e azeitonas.

No entanto, de acordo com o portal Heritage Daily, as escavações também revelaram restos de ovelhas, cabras e bovinos desse período, o que indica que esses animais eram ocasionalmente utilizados como fonte de proteína e para a produção de leite.

Dieta semelhante

Segundo o artigo, a dieta desses habitantes antigos se assemelha à moderna "dieta mediterrânea", conhecida por seus vários benefícios à saúde. Estudos mostram que essa dieta pode reduzir o risco de doenças cardíacas, síndrome metabólica, diabetes, certos tipos de câncer e depressão, além de melhorar a função mental e física.

"Graças ao progresso interdisciplinar e técnico da ciência arqueológica, podemos não apenas especular sobre a existência de uma longa tradição cultural da dieta mediterrânea por meio de determinações taxonômicas e tipológicas, mas também estender essas descobertas por meio de análises adicionais, por exemplo, de isótopos estáveis em restos humanos, animais e vegetais, e assim contribuir para uma melhor compreensão da emergência de tradições culturais em sua ancoragem em aspectos ambientais e sociais dinâmica", destacam os pesquisadores.

+ Confira aqui o estudo completo.

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