A partir de documentos e achados históricos, uma arqueóloga sugere que antigos templos gregos possuíam adaptações para pessoas com mobilidade reduzida, há 2,4 mil anos
Pamela Malva Publicado em 21/07/2020, às 09h00
Enquanto observava grandes assentamentos gregos, uma arqueóloga norte-americana notou algo que, anteriormente, havia passado despercebido. A partir das estruturas escavadas, ela acredita ter encontrado os primeiros acessos para deficientes da história.
Segundo os estudos de Debby Sneed, da Universidade Estadual da Califórnia, os gregos possivelmente foram os primeiros a construir rampas de acesso para pessoas com deficiência, há 2,4 mil anos. Nesse sentido, a cientista encontrou cerca de 11 pequenas estruturas de pedra, posicionadas nas entradas de um santuário de cura.
Construído em meados do século 6 a.C., o local sagrado era provavelmente bastante frequentado por deficientes, pedindo por alguma cura divina. Oferendas encontradas em outros assentamentos apoiam essa teoria, já que são peças em formatos de pernas e pés, sugerindo que as pessoas pediam por cura nessas partes do corpo.
Ainda mais, Debby afirma que achados da Grécia Antiga apresentam muitos sinais de uma população repleta de deficientes — 60% dos fósseis encontrados em Anfípolis, uma cidade antiga, tinham osteoartrite, por exemplo. Até mesmo o deus Hefesto foi representado em algumas obras com uma mobilidade reduzida, usando muletas.
Dessa forma, é bastante possível que templos e outros edifícios gregos contassem com rampas de acesso. Anteriormente, no entanto, segundo Debby, os arqueólogos pensavam que as estruturas retangulares eram algum tipo de altar de sacrifício.
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