A maneira como os dois pintores se observavam no espelho era diferente da população em geral, afirmam pesquisadores
Joseane Pereira Publicado em 30/11/2019, às 07h00
Pesquisadores publicaram um estudo que permite entender a genialidade dos pintores Leonardo da Vinci e Rembrandt. Segundo o artigo, publicado na revista JAMA Ophthalmology, os dois artistas tinham um “olho dominante”, que lhes permitia se observar no espelho de maneira curiosa. Estudos anteriores já sugeriram que os dois pintores tinham um tipo específico de estrabismo chamado Exotropia, mas a pesquisa publicada nesta terça (26) chegou a um resultado diferente.
“Um olho direito dominante, por exemplo, vê a imagem refletida do olho esquerdo como se estivesse virada. Mas na verdade, não existe essa diferença, e vice-versa para um olho esquerdo dominante”, define o estudo. "A dominância ocular é uma alternativa mais plausível que o estrabismo, para explicar a aparente diferença nos autorretratos de Rembrandt".
Entretanto, pesquisadores como Christopher Tyler, professor de Ciências Visuais da Universidade da Cidade de Londres, afirmam que a evidência é pouco convincente. "É uma ideia inteligente, mas para fazê-la funcionar, eles estão propondo que o artista ficasse sentado sempre a 10 cm do espelho", afirmou Tyler à revista Live Science. "Obviamente não é o caso da maioria dos retratos de Rembrandt, nem de Leonardo".
Apesar das discordâncias, o novo estudo confirma a hipótese de que os dois artistas tinham condições oculares específicas, que lhes permitia uma visão diferenciada do mundo ao redor.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro