Menina de 11 anos vítima de estupro, foi mantida em cárcere privado por 2 anos e não sabe ler e nem escrever
Luisa Alves, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 19/07/2022, às 16h27
Garota de 11 anos estuprada e mantida em cárcere privado por padrasto, que deu à luz em Duque de Caxias, deverá ser enviada à abrigo junto à criança, de acordo com decisão da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso nessa segunda-feira, 18.
Sua mãe, que afirmou não saber da gravidez e ter só descoberto quando a menina entrou em trabalho de parto, está sendo investigada por abandono intelectual. A garota de 11 anos estava há 2 anos sem frequentar a escola.
A decisão Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Duque de Caxias, na baixada flumense alega que a decisão visa assegurar o resguardo dos direitos dos menores. A menina também estava sem acompanhamento médico.
O padrasto foi detido pelos agentes da Deam-Caxias próximo ao Hospital Adão Pereira Nunes, enquanto visitava a criança, segundo a polícia. Como aponta o G1, ele teria concordado em realizar o teste de DNA, mas depois teria desistido alegando precisar falar com a esposa. O homem ficará preso por 30 dias.
A menina de 11 anos dificilmente era vista fora de casa, a suspeita da polícia é que isso é decorrente das constantes agressões do padrasto. Sua mãe e o abusador informaram à polícia, que a garota foi estuprada por um homem armado há 9 meses.
Por ter passado os últimos dois anos presa em casa, a menina não sabe ler e nem escrever. Ela deverá ser ouvida em depoimento, assim que liberada da unidade de saúde.
Segundo a delegada do caso, Fernanda Fernandes, a criança só foi levada a unidade de saúde por possíveis complicações após o parto. O casal alega que não sabia da gravidez, porque a menina não apresentava barriga, tendo descoberto apenas no dia do parto.
"Eles [padrasto e mãe da menina] tiveram que solicitar auxílio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) porque deve ter tido alguma complicação. Os dois foram para o hospital e nós recebemos uma ligação", disse Fernanda Fernandes, como aponta o G1.
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