Suposto assédio, o segundo pelo qual o presidente chileno é acusado recentemente, teria acontecido há dez anos, mas ele nega; entenda o caso
Éric Moreira Publicado em 26/11/2024, às 13h24
Nesta semana, a Promotoria chilena revelou que Gabriel Boric, atual presidente do Chile, agora é alvo de uma denúncia sobre um suposto assédio e sendo investigada no Ministério Público. A denúncia em questão foi feita em 6 de setembro, mas só agora o caso foi revelado, e na noite da última segunda-feira, 25, a defesa de Boric negou a acusação.
Segundo relatado pela vítima ao Ministério Público, ela teria sido assediada por Boric há dez anos, quando o agora presidente tinha 27 anos, na época em que terminou a faculdade de Direito. Vale mencionar que Boric destacou-se, antes de concorrer à presidência, como um dos principais líderes estudantis do país.
A denúncia foi protocolada em Magallanes, no sul do país, e confirmado pelo chefe do Ministério Público da região, Cristián Crisosto, que divulgou que "existe um processo criminal relacionado aos fatos indicados", repercute o g1.
O advogado de Boric, Jonatan Valenzuela, afirmou em comunicado que "o presidente [...] rejeita e desmente categoricamente a denúncia de um suposto fato ocorrido em 2013, quando ele tinha 27 anos e havia acabado de finalizar os estudos de Direito. Meu representado jamais teve uma relação afetiva nem de amizade com ela e não tiveram comunicação desde julho de 2014".
Além disso, a defesa também acrescentou que a mulher que apresentou a denúncia, na época do suposto assédio, enviou de forma "não solicitada nem consentida" 25 e-mails a Boric, inclusive com imagens explícitas. Agora, dez anos depois, ela "apresentou uma denúncia sem qualquer fundamento contra o já presidente", conforme o comunicado.
De qualquer forma, o caso segue em andamento pelo Ministério Público, sendo investigado por uma equipe especial. Vale mencionar que a denúncia surgiu justamente em um momento em que o governo chileno enfrenta outro escândalo por acusações de abuso sexual e estupro contra Manuel Monsalve, ex-subsecretário do Interior do Chile, que já está há uma semana em prisão preventiva.
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