Emmanuel Macron, atual presidente francês - Getty Images
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França proibirá manifestações políticas da extrema-direita

Após polêmica manifestação neonazista, ministro francês anuncia proibição

Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 10/05/2023, às 10h45

No último sábado, 6, a França chamou bastante atenção em todo o mundo depois que correram notícias sobre a permissão de uma manifestação neonazista no país. Por conta disso, na última terça-feira, 9, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, anunciou que o país vai proibir manifestações de grupos de extrema-direita em seu território.

Segundo Darmanin, ele já instruiu os prefeitos a emitirem "ordens de proibição" sempre que "qualquer ativista da extrema-direita" ou associação solicitar uma autorização para se manifestar. "Vamos deixar que os tribunais julguem se a jurisprudência permite que essas manifestações ocorram", acrescentou.

Gérald Darmanin, ministro do Interior da França / Crédito: Getty Images

 

Manifestações

Como informado pelo UOL, cerca de 600 ativistas do Comitê 9 de Maio se manifestaram no último sábado em Paris, em um evento marcando a morte acidental de Sebastien Deyzieu, um militante de extrema-direita, em 1994. Entre os manifestantes, que se vestiam de preto e envolvia alguns mascarados, eram exibidas bandeiras pretas com a cruz celta, um símbolo referente a supremacistas brancos.

Paralelamente a esforços das autoridades francesas em proibir panelaços contra Emmanuel Macron, presidente do país que vem sendo atacado após as decisões da reforma da Previdência, as imagens da manifestação causaram grande polêmica, não só pelo fato de ter acontecido, mas também por algumas pessoas apoiarem.

Entre as pessoas que se pronunciaram sobre o ocorrido, a primeira-ministra Élisabeth Borne qualificou os atos neonazistas como "chocantes", mas ainda assim considerou que não havia sentido em proibí-los por perturbação da ordem pública, defendendo o "direito de manifestação" deles. 

A esquerda francesa, por sua vez, exigiu que o governo emitisse uma explicação por terem permitido que "500 neonazistas e fascistas" desfilassem pela capital, como disse o senador socialista David Assouline.

Até mesmo Marine Le Pen, uma outra líder de extrema-direita na França — e atualmente favorita nas pesquisas de popularidade no país, devido aos conflitos gerais da população com Macron e a Previdência —, qualificou o ato desta terça-feira, 9, como "inadmissível."

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