Analisada por estudiosos norte-americanos, a presa do animal revelou que ele 'visitou muitas partes do Alasca' em seus 28 anos
Pamela Malva Publicado em 17/08/2021, às 18h00
Na última sexta-feira, 13, pesquisadores norte-americanos publicaram, na revista Science, novas descobertas sobre a vida de um mamute-lanoso. Datado de 17 mil anos atrás, o fóssil pertence ao Museu do Norte da Universidade do Alasca, nos EUA.
Segundo a Revista Galileu, uma das informações mais impressionantes acerca do animal diz respeito ao território que ele percorreu em seus 28 anos. Nesse sentido, estima-se que o mamute caminhou por uma distância equivalente a duas voltas na Terra em toda a sua vida — uma das primeiras pistas de que a espécie viajava grandes distâncias.
Não está claro se foi um migrador sazonal, mas cobriu algumas sérias regiões”, narrou Matthew Wooller, o líder do estudo. “Ele visitou muitas partes do Alasca em algum momento de sua vida, o que é incrível quando você pensa sobre o quão grande é essa área.”
De acordo com o paleontólogo Patrick Druckenmiller, que contribuiu com o estudo, as descobertas só foram possíveis graças à presa do animal analisada pelos cientistas. “Do momento em que nascem até o dia em que morrem, [os mamutes] têm um diário que está escrito em suas presas”, explicou o especialista.
Além do fóssil, os estudiosos ainda analisaram mapas de variações de isótopos de substâncias específicas existentes no Alasca e as barreiras geográficas percorridas pelo animal em cada semana. Relacionando tais informações ao DNA do mamute, os cientistas estimaram possíveis rotas traçadas pelo animal ainda em vida.
Com isso, os resultados das análises sugerem que o indivíduo de 17 mil anos, que seria um macho, pode estar relacionado ao último grupo de Mammuthus primigenius que já viveu no Alasca. Por fim, descobriu-se que o animal provavelmente morreu de fome, na encosta norte da península, logo acima do Círculo Polar Ártico.
“O Ártico está passando por muitas mudanças agora e podemos usar o passado para ver como o futuro pode funcionar para as espécies hoje e mais para frente”, explicou Wooller. Por isso, os cientistas agora buscam compreender como as antigas mudanças no clima podem interferir na vida de espécies que povoam o Alascaa atualmente.
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