A produção britânica, apesar de bem aclamada, está sendo criticada pela escolha da atriz que interpretou a protagonista
Giovanna Gomes Publicado em 04/02/2021, às 08h07
Uma polêmica envolvendo uma produção britânica surgiu recentemente entre críticos e amantes de cinema. O filme "A Escavação", que foi lançado pela Netflix no último dia 29, é baseado na história real de Edith Pretty, uma mulher que no início da Segunda Guerra Mundial, se deparou com artefatos arqueológicos dentro de sua residência.
Segundo a UOL, o que tem gerado um grande descontentamento por parte do público é que Edith tinha 56 anos na época, mas a atriz que a interpreta no longa, Carey Mulligan, tem apenas 35. De acordo com as críticas, ela foi chamada para realizar o papel no ano de 2019, depois que Nicole Kidman, hoje com 53 anos, desistiu de participar do filme.
A ONG britânica Behind The Woman — que trata de assuntos relacionados a mulheres mais velhas — se posicionou em sua página no Twitter: “Vergonhoso pensar quantas atrizes maravilhosas acima de 50 poderiam ter interpretado a Sra. Pretty. Enquanto mulheres de 30 interpretarem mulheres de 50, continuaremos invisíveis.”
O assunto rendeu também entre os famosos. Beatie Edney, atriz de 58 anos conhecida por seu papel em "Poldark” (2015) declarou que é muito raro que mulheres com mais de 40 anos sejam protagonistas no cinema.
“Edith Pretty tinha 56 anos na época da escavação? Ela é interpretada por Carey Mulligan, de 35. Eles simplesmente não deixam uma mulher acima de 40 aparecer no cinema, não é?”, disse Beatie. “Na minha experiência, você é escalada quando é jovem e 'pegável', e depois trabalha muito pouco até o momento em que pode interpretar uma vovó. Há uma grande queda aos 40 anos”, afirmou a atriz.
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