Braçadeira seria utilizada por jogadores em campanha contra a homofobia no Catar
Giovanna Gomes Publicado em 22/11/2022, às 10h26
A Federação Alemã de Futebol (DFB) revelou nesta terça-feira, 22, que os grupos que planejavam usar as braçadeiras 'OneLove' como forma de protesto contra a homofobia durante a Copa do Mundo no Catar enfrentaram uma "chantagem extrema".
Ontem, as seleções de sete países, entre os quais estão Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca, divulgaram uma declaração conjunta dizendo que teriam desistido da campanha após a Fifa ameaçar dar cartão amarelo aos jogadores que usassem a braçadeira em homenagem ao movimento LGBTQIA+. A homossexualidade é ilegal no Qatar, onde a Copa está sendo sediada.
De acordo com informações do G1, o diretor de mídia da DFB, Steffen Simon, afirmou em entrevista à rádio alemã Deutschlandfunk que a Inglaterra foi ameaçada com diversas sanções esportivas.
O diretor do torneio foi até o time inglês e falou sobre várias violações de regras e ameaçou com sanções esportivas massivas sem especificar quais seriam", declarou Simon.
Ele contou ainda que, após o ocorrido, as demais nações que participariam da campanha decidiram não usar também a braçadeira.
"Perdemos a braçadeira e é muito doloroso, mas somos as mesmas pessoas de antes com os mesmos valores. Não somos impostores que afirmam ter valores e depois os traem. Estávamos em uma situação extrema, em uma chantagem extrema e pensamos que tínhamos que tomar essa decisão sem querer", completou.
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