Moradores são os primeiros de 63 comunidades ao longo das costas do Caribe e do Pacífico do Panamá que deverão ser forçados a se mudar nos próximos anos
Giovanna Gomes Publicado em 13/06/2024, às 08h27
Famílias indígenas da etnia Guna, que antes habitavam a ilha de Gardi Sugdub, tiveram de deixar suas casas. Esse local é o primeiro a ser evacuado no Caribe devido ao aumento do nível do mar.
Os indígenas que viviam na ilha são os primeiros de 63 comunidades ao longo das costas do Caribe e do Pacífico do Panamá que, segundo previsões de autoridades e cientistas, deverão ser forçados a se mudar nas próximas décadas.
Segundo informações do portal UOL, todos os anos, o nível da água sobe, inundando as ruas e invadindo as casas. Nos meses de novembro e dezembro, fortes chuvas atingem a região. As mudanças climáticas também aquecem os oceanos e intensificam as tempestades.
"Aqui é mais fresco. Lá (na ilha) a essa hora do dia está um forno", disse Augusto Walter, de 73 anos, à agência de notícias Associated Press. Agora, o ex-morador da ilha de Gardi Sugdub vai dividir a casa com a esposa e mais três membros da família.
Enquanto a retirada ainda não é obrigatória, cerca de 200 famílias decidiram permanecer no local. Aqueles que optaram por ficar construíram novos imóveis de dois andares. A maioria das famílias, no entanto, já migrou completamente para Isberyala ou está em processo de mudança.
Honestamente, não sei por que as pessoas querem morar lá [em Isberyala]. É como morar na cidade, trancado e não dá para sair, e as casas são pequenas”, declarou o mecânico de barcos Augencio Arango à AP.
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