Publicações realizadas pela estudante - Divulgação / Redes Sociais
Brasil

Família irá processar estudante de medicina que ironizou morte de idosa

O caso chocou o país nos últimos dias, depois que uma universitária zombou da situação de sua paciente nas redes sociais

Pamela Malva Publicado em 15/02/2022, às 21h00

Na última semana, um caso ocorrido na Unidade de Saúde Mista Dr. José Carlos Gusmão, em Marechal Deodoro, no interior de Alagoas, revoltou o país. Acontece que, mesmo após perder sua mãe, que tinha 62 anos, Dayane Silva ainda descobriu que a morte da idosa foi ironizada por uma estudante de medicina nas redes sociais.

Agora, segundo Luciana Omena, a advogada da família, os parentes da aposentada Lenilda Silva Nunes irão processar a universitária. Nesse sentido, a família ainda cogita processar a Secretaria de Saúde do município, a responsável pela Unidade de Saúde.

Segundo o site TNH1, a estudante de medicina foi afastada da faculdade por seis meses, além de suspensa do estágio. Isso porque, no dia em que Lenilda Silva Nunes deu entrada na Unidade de Saúde com sintomas de infarto, a jovem fez publicações nas redes sociais afirmando que a idosa teria atrapalhado seu intervalo de descanso.

Em sua conta, a universitária compartilhou uma foto com o nome da senhora e escreveu: "Faltando 10 min para minha hora de dormir, chega mulher infartando e com edema agudo no pulmão e agora já passou 1h30 da minha hora de dormir. Tô p*ta". Logo em seguida, comentou: "Atualizações: a mulher morreu e eu não dormi".

Com exclusividade ao TNH1, a advogada da família de Lenilda, então, afirmou que já está recolhendo os dados necessários para endossar o processo contra a jovem. "A família enlutada lamenta tudo o que saiu nas redes sociais oriundo das publicações da acadêmica de Medicina”, narrou Luciana Omena.

Um completo desrespeito a dignidade e saúde da pessoa humana, vítima naquele momento que infelizmente faleceu”, continuou a advogada. “Estamos aguardando mais informações  para as providências cabíveis para uma possível reparação.”

Inicialmente, ainda de acordo com Omena, a família não deseja processar a faculdade onde a universitária já cursa o nono período de Medicina. "Vamos procurar a Faculdade e a Unidade em que ela trabalhava. O certo é a ação contra a residente", narrou.

Para a advogada, a reação ao comportamento da estudante “é responsabilidade do Município”, principalmente porque a jovem “estava no ambiente de trabalho". Nesse sentido, a Prefeitura de Marechal Deodoro afirmou que já cancelou o contrato de estágio da estudante e, por isso, não tem mais quaisquer vínculos com ela.

Em nota, a Prefeitura afirmou que “lamenta profundamente o falecimento da senhora Lenilda Silva e manifesta suas condolências a todos os familiares e amigos”, dizendo que “toda a estrutura e atendimento necessário lhe foi oferecido desde o primeiro momento, independentemente da conduta descabida da referida estagiária”.

Já a Faculdade Cesmac, onde a estudante faz o curso de Medicina, revelou, no último dia 9, que a jovem foi suspensa da instituição. Assim, ela permanece impedida de participar das atividades da universidade durante o período de seis meses.

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