Teoria foi apresentada pela equipe do Observatório Real da Bélgica na última segunda-feira, 30
Redação Publicado em 31/10/2023, às 15h24
Na última segunda-feira, um grupo de cientistas afirmou que o evento de extinção que dizimou os dinossauros há 66 milhões de anos não foi resultado direto do impacto do asteroide.
A equipe de pesquisa, liderada pelo Observatório Real da Bélgica, argumenta que a poeira resultante da pulverização das rochas foi lançada na atmosfera terrestre, bloqueando a luz solar e inibindo a fotossíntese das plantas.
De acordo com o portal Daily Mail, os especialistas constataram, por meio de análises, que a quantidade de poeira gerada foi de cerca de 2.000 gigatoneladas, excedendo em mais de 11 vezes o peso do Monte Everest. Essa poeira permaneceu na atmosfera por até 15 anos, levando a um inverno nuclear global.
Esse evento causou a morte da vegetação, levando à escassez de alimentos para muitas espécies herbívoras, incluindo alguns dinossauros.
Esse cenário teria desencadeado o catastrófico evento de extinção em massa que resultou na perda de 75% das formas de vida na Terra.
O tabloide britânico destaca que os cientistas têm investigado o mistério da extinção dos dinossauros desde a descoberta da cratera de Chicxulub em 1978. Entretanto, a existência dessa cratera por si só não é suficiente para concluir que o impacto do asteroide tenha sido a única causa da extinção.
Até recentemente, a teoria dominante sugeria que o enxofre liberado pelo impacto do asteroide, ou a fuligem resultante dos incêndios florestais globais que ele desencadeou, teriam mergulhado o mundo em um longo inverno escuro, resultando na morte da maioria das formas de vida.
No entanto, uma pesquisa publicada na segunda-feira, com base em partículas encontradas em um importante sítio fóssil em Tanis, Dakota do Norte, reforça uma hipótese anterior de que a poeira expelida pelo asteroide desempenhou um papel fundamental no impacto do inverno.
Embora o local estivesse a uma distância de 1.865 quilômetros da cratera, ele preservou descobertas significativas datadas imediatamente após o impacto, em camadas de sedimentos de um antigo lago.
Os pesquisadores relataram que as partículas de poeira tinham um tamanho de 0,8 a 8,0 micrômetros, o que as tornou ideais para permanecer na atmosfera por até 15 anos.
Ao incorporar esses dados em modelos climáticos semelhantes aos usados para a Terra atual, os pesquisadores concluíram que a poeira desempenhou um papel muito mais significativo na extinção em massa do que se pensava anteriormente. Dos materiais lançados na atmosfera pelo asteroide, eles estimam que 75% era poeira, 24% enxofre e 1% fuligem.
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