A descoberta de mais de 4 mil anos enfatiza a importância da 5ª Dinastia durante o Império Antigo
Alana Sousa Publicado em 05/04/2019, às 16h00
A missão arqueológica liderada pelo arqueólogo do Ministério de Antiguidades do Egito, Dr. Mohamed Megahed, descobriu o nome de uma importante rainha da 5º Dinastia egípcia -- e um túmulo de um oficial ligado ao faraó Djedkare.
A expedição foi realizada no sul da região do Sacara, um sítio arqueológico do Egito, que funcionou como necrópole da antiga cidade de Mênfis, uma das várias capitais do Antigo Egito. A importante descoberta remonta há um período de mais de 4,4 mil anos, segundo o Ministério das Antiguidades do Egito.
A expedição encontrou o nome da rainha Setibhor, que antes não era conhecida em fontes históricas antigas. O nome, bem preservado, estava gravado em uma coluna na parte sul do complexo de uma pirâmide, até então classificada como uma estrutura anônima.
O Dr. Megahed afirmou que a rainha Setibhor possuía o título de esposa do rei, algo que indica sua intervenção direta em ajudar seu marido, o rei Djedkare, a ascender ao trono do Egito no final da 5ª Dinastia.
A construção da pirâmide para a rainha foi uma forma de homenagem do faraó à sua esposa, dizem os pesquisadores. Djedkare mandou construir um enorme complexo de pirâmides, com muitas características incomuns, incluindo colunas de granito palmiforme, que constituem um elemento arquitetônico até então conhecido apenas nos complexos de pirâmide de reis e não usado com frequência nos templos da região.
O complexo de pirâmides da rainha Setibhor representa uma das primeiras pirâmides construídas no sul de Sacara no final da 5ª Dinastia, e é o maior complexo de pirâmides construído para uma rainha durante o Império Antigo.
Os arqueólogos ainda encontraram a única tumba de um oficial ligado ao rei. Khuwy, o oficial de alta patente, foi enterrado ao lado da pirâmide construída para o faraó Djedkare Isesi, que reinou entre os anos 2381 a 2353 a.C..
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