Miguel Reale Júnior justificou sua escolha como uma forma de “evitar um mal maior”
Fabio Previdelli Publicado em 22/09/2022, às 11h01
Um dos autores do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015, Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça, declarou abertamente apoio a Luiz Inácio Lula da Silva no 1º turno das próximas eleições presidenciais.
A escolha pelo petista foi declarada em entrevista ao jornal O Globo na última quarta-feira, 21. Um dos motivos expostos por Reale Júnior é que o apoio a Lula ‘evitaria um mal maior’. Além disso, o ex-presidente também não possui ameaças golpistas.
Eu creio que nós devemos nesse instante evitar um mal maior. Evitar que haja conturbações na vida social brasileira”, disse o ex-ministro. “[Garantir que] não haverá ofensas a ministros do Supremo ou do TSE. Não haverá ameaça de golpe.”
Além da ameaça golpista de Bolsonaro, Miguel Reale Júnior também entende que o atual mandatário brasileiro usa de artifícios mentirosos para tentar estender seu poder, como colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, estratégia que ele julga como ‘desesperada’.
“Bolsonaro já usou o enterro da rainha Elizabeth II e a reunião da ONU para fazer campanha. Imagine o que ele faria no segundo turno? Com risco da ameaça contínua de golpe que ele sempre repete, assim como da insegurança das urnas eletrônicas, inclusive na ONU”, disse.
"Decidir por Lula é consequência de saber que assim se evitará ataques à democracia, à dignidade da pessoa humana e ao meio ambiente, que, com certeza, sucederão com maior intensidade em novo mandato do Bolsonaro", reiterou em nota oficial.
Ao comparar que, hoje, a escolha por apoiar Lula se assemelha com a decisão de ficar ao lado de petista contra Fernando Collor, em 1989, o ex-ministro explica que tomou tal decisão após a falta de perspectiva de vitória da chamada terceira via — na qual ele entendia a candidata Simone Tebet como melhor opção.
Sem perspectiva de vitória da terceira via, é importante que Lula vença no primeiro turno, para se impedir ação desesperada de Bolsonaro", finalizou.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro