Colégio da Irlanda foi colocado em foco após relatos de ex-estudantes
Ingredi Brunato Publicado em 04/10/2023, às 12h02
Falecido em 2009, Louis Feutren era um professor de nacionalidade francesa que lecionava sua língua materna no St Conleth, um colégio situado na cidade de Dublin, capital da Irlanda. Ele está sendo relembrado recentemente por seus ex-alunos, mas não por ter sido um bom educador.
Segundo repercutiu o The Guardian, um grupo de ex-pupilos seus está exigindo um pedido de desculpas formal do St Conleth por ter empregado Feutren. Isso pois o homem era nazista e também aplicava severas punições físicas aos estudantes.
O professor não tinha vergonha de suas afiliações passadas ao lado perdedor da Segunda Guerra Mundial, frequentemente contando sobre como se juntou a uma milícia nacionalista separatista e lutou pela Alemanha durante o conflito internacional. Ele também mostrou aos alunos fotos suas com o uniforme da SS (a polícia secreta do Partido Nazista) para comprovar as histórias.
Assim, justamente devido a esses acontecimentos, Louis Feutren era, na verdade, um fugitivo da justiça francesa, motivo pelo qual vivia na Irlanda. A administração do St Conleth, por sua vez, estava consciente deste histórico preocupante do educador quando o contratou.
O homem trabalhou para o colégio irlandês entre 1957 e 1985 (quando se aposentou), e mesmo depois disso continuou sendo considerado um profissional de respeito. Seus ex-alunos, no entanto, acreditam que a reputação dele deve ser revisitada postumamente: além de nazista, o professor tinha o hábito de agredir seus estudantes, o que configura uma conduta inaceitável para o ambiente escolar.
Ninguém consideraria contrariar o Sr. Freuten. Ele era um vulcão pronto para entrar em erupção a qualquer momento. Se houvesse algum tipo de transgressão ele seria muito, muito, muito rápido e violento. Eu o testemunhei atacando um cara; o cara voou pela sala", afirmou Kieran Owens, um dos ex-alunos do docente.
Outro a ter participado das aulas ministradas pelo francês comentou que, mesmo na velhice, o homem continuava feroz em seus castigos (ainda que eles fossem então proibidos pela legislação da França), estapeando alunos e torcendo a orelha deles quando faziam a pronúncia incorreta de uma palavra.
Estávamos acostumados a formas simples de punição, mas com ele era simplesmente sinistro e estranho. Ele fazia você ficar em fila com um pedaço de giz na boca e certificava-se de que seus lábios não tocassem o giz. Comportamento realmente estranho", lembrou um outro ex-pupilo, Mark Collins, também de acordo com o The Guardian.
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