Martin Naumann, ex-agente da Stasi, foi condenado a 10 anos pela morte de Czeslaw Kukuczka, um polonês que tentou fugir para o Ocidente em 1974
Redação Publicado em 14/10/2024, às 12h00
Nesta segunda-feira, 11, Martin Naumann, ex-agente da Stasi, foi condenado a 10 anos de prisão por assassinar Czeslaw Kukuczka, um polonês que tentou fugir para o Ocidente em 1974.
Segundo a AFP, Naumann, agora com 80 anos, é o primeiro ex-integrante da polícia secreta da Alemanha Oriental a receber uma sentença por assassinato, quase 35 anos após a queda do Muro de Berlim.
A Stasi, abreviação de Ministerium für Staatssicherheit (Ministério da Segurança do Estado), era responsável por reprimir dissidentes e manter o controle interno durante o regime comunista, utilizando métodos brutais, como assassinatos e prisões arbitrárias.
Kukuczka foi morto com tiros pelas costas enquanto tentava atravessar o posto fronteiriço da Friedrichstrasse, conhecido como "palácio das lágrimas". Três testemunhas que presenciaram o crime foram ouvidas no julgamento. A defesa de Naumann alegou falta de provas de sua autoria e contestou a acusação de assassinato, repercute a AFP.
Apesar de simbólica, uma vez que ocorre quase 50 anos após o crime, a condenação representa um esforço da Alemanha em lidar com os crimes do regime comunista.
Estima-se que 140 pessoas morreram tentando cruzar o Muro de Berlim. No entanto, investigações anteriores envolvendo a Stasi nos anos 1990 resultaram em poucas condenações e sentenças brandas.
As tentativas de julgar Erich Mielke, que chefiou a Stasi de 1957 a 1989, por exemplo, falharam repetidamente. Apenas em 1993 ele foi condenado a seis anos de prisão pelo assassinato de dois policiais em 1931, quando ainda era um jovem militante comunista.
Suécia: Paludan vai a julgamento por queima de cópias do Alcorão
'The Big Bang Theory': Sheldon Cooper estará no novo spin-off?
Confira vídeo de partida de futebol realizada há 127 anos que viralizou nas redes
Rei Charles III inicia primeira visita à Oceania em meio à luta contra o câncer
Em documentário recente, assassina de Selena Quintanilla quebra o silêncio
Diddy: Defesa faz acordo com promotoria para caso ser investigado em sigilo