Nos EUA, Marvin "Skip" McClendon Jr. foi inocentado do assassinato enigmático de Melissa Ann Tremblay, que tinha 11 anos
Redação Publicado em 07/11/2024, às 13h00
Um tribunal declarou nesta terça-feira a inocência de um homem do Alabama, nos Estados Unidos, acusado de assassinar uma menina de 11 anos em New Hampshire há mais de três décadas. O veredicto encerrou um longo e conturbado processo judicial que girava em torno da credibilidade das evidências de DNA encontradas sob as unhas da vítima, Melissa Ann Tremblay.
Após seis dias de deliberação, o júri considerou Marvin "Skip" McClendon Jr. inocente, mesmo após relatar um impasse ao juiz no dia anterior.
"O Sr. McClendon ficou extremamente aliviado com o veredicto", afirmou Henry Fasoldt, advogado de defesa, à Associated Press. McClendon retornará para sua casa no Alabama após passar dois anos e meio detido.
O Promotor Distrital do Condado de Essex, Paul F. Tucker, expressou desapontamento com a decisão, mas elogiou o empenho dos promotores e das forças policiais envolvidas no caso.
"Reconheço o trabalho e a dedicação do júri durante suas longas deliberações", disse Tucker. "Meus pensamentos estão com a família de Melissa Ann Tremblay, que sofreu imensamente devido ao crime que tirou sua vida."
A investigação sofreu um revés no ano anterior quando um julgamento foi anulado por impasse do júri. O corpo da jovem, desaparecida desde 11 de setembro de 1988, foi encontrado em um pátio ferroviário em Lawrence, Massachusetts.
Na ocasião do desaparecimento, Melissa acompanhava sua mãe e o namorado dela a um clube próximo ao local onde seu corpo foi encontrado. Enquanto os adultos permaneceram dentro do local, ela saiu para brincar e nunca mais foi vista com vida.
A mãe da vítima, Janet Tremblay, faleceu em 2015 aos 70 anos. Contudo, familiares sobreviventes têm comparecido ao tribunal para acompanhar o desenrolar do caso recente.
Em comunicado, a família manifestou respeito pelo processo judicial, mas mantém a crença na culpa de McClendon baseada nos resultados de DNA.
O DNA era a maneira de Missy nos dizer quem a matou", declararam os parentes. "Embora tenha sido considerado inocente na justiça dos homens, ele pagará por seu crime no julgamento final perante Deus."
Inicialmente descartando outros suspeitos, como dois usuários de drogas, as autoridades concentraram suas investigações em McClendon após análise de evidências genéticas.
Detido em sua residência no Alabama em 2022, McClendon foi vinculado ao crime parcialmente pela presença do DNA. A Promotora Assistente Jessica Strasnick argumentou que declarações feitas por ele durante sua prisão revelaram conhecimento detalhado sobre o assassinato.
Ela também destacou que um homem canhoto teria cometido o ataque — uma característica compatível com McClendon — e mencionou que ele frequentava locais próximos à cena do crime.
Contudo, a defesa contestou as alegações sobre a origem do DNA e a mão dominante utilizada no ataque. Fasoldt defendeu que McClendon não possuía ligações significativas com Lawrence além da proximidade geográfica enquanto residia em Chelmsford antes de se mudar para o Alabama em 2002.
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