O caso do prisioneiro, que passou 26 anos preso, será reavaliado devido à suspeita de irregularidades em seu julgamento
Redação Publicado em 08/05/2023, às 11h36 - Atualizado em 09/05/2023, às 20h05
Richard Glossip é um norte-americano de 60 anos que está no corredor da morte há 26 anos, após ter sido considerado culpado de ser o mandante do assassinato de seu chefe durante um tribunal de 1998.
Neste meio-tempo, nove datas diferentes já foram marcadas para o cumprimento da pena capital do prisioneiro, e em três dessas ocasiões ele até mesmo chegou a comer sua refeição final. Em todas as vezes, porém a execução acabou sendo adiada — e, recentemente, isso aconteceu de novo.
Glossip estava previsto para ser morto pelo governo dos Estados Unidos no próximo dia 18 de maio, mas uma decisão tomada pela Suprema Corte na última sexta-feira, 5, suspendeu o procedimento.
O motivo por trás desse desdobramento é a desconfiança de que houve irregularidades no julgamento, com o bloqueio estando previsto para se manter até a condenação do homem passar por uma reavaliação.
Segundo explicado por Gentner Drummond, o procurador-geral de Oklahoma (o estado onde o caso se desenrola) e o responsável por enviar uma moção à Suprema Corte pedindo pela suspensão da execução, o julgamento de Glossip não teria sido "justo" ou "confiável".
Em uma entrevista à revista People, o profissional comemorou a decisão do órgão:
Estou muito grato à Suprema Corte dos Estados Unidos por sua decisão de conceder a suspensão da execução. Continuarei trabalhando para garantir que a justiça prevaleça neste importante caso", afirmou ele.
Em sua moção, Drummond explicou que a sentença do prisioneiro "não se sustentava" à luz de uma nova informação que veio à tona: Justin Sneed, que era o assassino por aluguel supostamente contratado pelo réu e também a principal testemunha envolvida no julgamento, sofreria de graves problemas psiquiátricos que não foram revelados na época do tribunal.
Em uma entrevista de 2022 a Jason Flom, produtor de um podcast de True Crime, Glossip, que sempre alegou sua inocência, teria garantido que não estava "bravo" com ninguém apesar de sua situação.
Seu espírito está completamente intacto", explicou Flom à People. "Ele diz: 'Escute, não estou bravo com ninguém e não vou deixar isso arruinar meu espírito. Danço na minha cela, canto, pinto, escrevo poesia. Minha situação é difícil, mas eu' Não vou deixar que isso me desanime. O único dia que temos é hoje.'"
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