Maduro apontou a hipocrisia do presidente brasileiro e chamou de "estupidez histórica" as críticas feitas pela esquerda uruguaia ao seu governo
André Nogueira Publicado em 17/09/2019, às 11h10
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o presidente da Venezuela Nicolás Maduro criticou diversos líderes mundiais como Bolsonaro e Pepe Mujica, por considerar “estúpido” a associação de seu governo com uma ditadura.
O ditador venezuelano declarou a fala do presidente uruguaio como uma “estupidez histórica” e apontou incoerência na fala de Bolsonaro, que exaltou o regime de Pinochet ainda esse ano.
Segundo Maduro, o presidente brasileiro é um “extremista ideológico”. “É uma estupidez que ele (Bolsonaro) se declare admirador de Pinochet e diga que a revolução bolivariana é uma ditadura”, afirmou o líder da Venezuela, que chama Jair de Hitler sulamericano.
O mandatário bolivariano ainda afirmou que o brasileiro não “conhece a história da América Latina nem da Venezuela”, afirmando que a oposição liderada por Guaidó em seu país é pior que a de Bolsonaro e mais à direita que o presidente.
“Em 20 anos, fizemos 25 eleições, de presidente, governadores, prefeitos, parlamentares. As forças bolivarianas, chavistas, ganhamos 23 eleições. De 23 governadores na Venezuela, 19 são bolivarianos. De 335 prefeitos e prefeitas, 307 são nossos, vencedores com votos. Tudo o que temos sempre foi pelo voto popular”, colocou o venezuelano.
Maduro também comentou o atual relatório da ONU, produzido pela esquerdista uruguaia Michelle Bachelet, que aponta diversas anormalidades autoritárias no governo venezuelano, como perseguições e prisões políticas, além do atual Tratado Interamericano de Assistência Recíproca organizado pelos EUA, que é uma verdadeira ameaça à soberania nacional dos países latinoamericanos.
“Eu não quero falar de guerra. Quero falar de paz. Eu sou cristão, convencido, praticante, de oração e de ação. Estou convencido de que aqui vai triunfar a paz frente às ameaças e às loucuras da ultradireita, de Bolsonaro, de Trump e de toda essa gente”, levantou Maduro, sobre as tensões na fronteira com a Colômbia, por razão do reconhecimento ilegítimo de alguns países de que Juan Guaidó seria o Chefe de Estado da Venezuela.
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