Uma analise em corpos de trabalhadores portuários indicou consumo de alimentos caros ligados à elite. Entenda
André Nogueira Publicado em 14/06/2019, às 12h00 - Atualizado às 14h00
Uma análise de restos humanos descobertos no localidade de Portus, o porto de navios de Roma, revelou componentes alimentares curiosos. Entre os séculos II e V, os trabalhadores do porto possuíam uma dieta muito semelhante à alimentação da elite romana.
De acordo com o arqueólogo Tamsin O’Connell, da Universidade de Cambridge, os saccarii, trabalhadores dos portos, em contramão ao padrão dos trabalhadores do mundo romano, consumiam trigo, azeite, vinho e alimentos proteicos originais da África, que eram considerados exóticos e caros.
O hábito teria diminuído no século V, com a queda de Roma. Após o caso, é possível notar que o consumo de carne foi substituído por cozidos de feijão, lentilha e outras fontes de proteína vegetal comuns.
Segundo O’Coneell, é verificado um movimento, acompanhando a queda da hegemonia romana no Mediterrâneo, em que os trabalhadores manuais também perderam o poder e reduziram os desfrutos exclusivos do auge de Roma.
A pesquisa aponta novas realidade do mundo do trabalho e relações sociais entre trabalhadores do Império que não eram visíveis antes. Na relação entre patriciado e o povo, uma descoberta do tipo pode dar espaço a novas pesquisas que reavaliem nosso conhecimento sobre a sociedade romana.
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