Mãe do aluno disse que fizeram o jovem tomar copos "com óleo, molho de pimenta e molho shoyu”
Redação Publicado em 25/10/2022, às 12h54
O trote universitário é conhecido como uma espécie de “ritual de passagem” onde os estudantes da universidade realizam diversas brincadeiras com os calouros que estão entrando no local. Entretanto, conforme repercutido no Jornal Nacional, da TV Globo, essas brincadeiras acabaram passando dos limites em Minas Gerais.
O trote realizado na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) está sendo analisado pela Polícia Civil local, após um estudante entrar em coma por sofrer abusos dos outros alunos.
O ex-estudante, identificado como Ayrton Carlos Almeida Veras, havia deixado Maranhão na tentativa de realizar seu sonho de se formar em engenharia na faculdade de Minas Gerais. Ao entrar na faculdade, no início do ano, ele optou em se hospedar na república de Sinagoga, uma das residências administradas pelos próprios estudantes do local.
Segundo informações do UOL, a mãe do ex-aluno de engenharia, Regina Araújo Veras, cedeu uma entrevista ao veículo da TV Globo contando sobre as prendas que fizeram com seu filho.
Ao entrar na faculdade, os estudantes informaram que os novos moradores da república teriam que passar pelo trote reconhecido como "batalha", que serve como uma prova para ver quem merece morar no local.
Entretanto, o trote não parou por aí, durante uma festa na república, ele teve que passar por um novo desafio e acabou entrando em coma.
Eles dão uma pressão psicológica nos alunos, nos rapazes. Ele bebeu copos americanos, três copos americanos, cheios de cachaça, de pinga. Três copos americanos cheios de molho com óleo, molho de pimenta com molho shoyu. Eles deram um banho nele com balde de água gelada com pó de café. Apagou após o banho gelado e entrou em coma", disse a mãe de Ayrton.
Em seguida, o estudante, que estava em estado grave de saúde, foi encaminhado pelos outros alunos à UPA de Ouro Preto. Ainda segundo informações do UOL, a equipe médica do local indicou que ele sofreu abuso sexual durante a festa, porém, os exames ainda não comprovaram o abuso, contou Regina.
Após ficar 16 dias internado, Ayrton trancou sua matrícula e voltou para o Maranhão para tentar esquecer do pesadelo que viveu, realizando tratamentos na região. O ex-estudante da UFOP disse que ficou "decepcionado" com o ocorrido e espera que a faculdade tome uma atitude.
Eu quero que a UFOP tome atitudes, providências. Eu quero justiça. Não é o primeiro caso, são vários casos".
A universidade contou que abriu uma investigação sobre o caso e que os estudantes envolvidos serão advertidos, suspensos ou até mesmo expulsos do local.
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