Estrutura romana submersa - Cultura.gov.it
Arqueologia

Estrutura romana submersa é encontrada na Itália

Pesquisadores encontraram piso de alvenaria em formato de espinha de peixe e vestígios de concreto romano usado no início do século 1 a.C

Fabio Previdelli Publicado em 03/06/2024, às 15h47 - Atualizado às 19h28

Na costa oeste da Itália, próximo a Campo di Mare, arqueólogos da Soprintendenza Archeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale descobriram uma estrutura romana submersa

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Em 2021, pesquisas na região já haviam encontrado uma coluna de mármore cipollino, o que levou à descoberta de uma estrutura circular submersa de 50 metros de diâmetro. Especialistas apontam que a construção trata-se de um pavilhão pertencente a uma villa romana — da qual sua total dimensão ainda não foi descoberta. 

Estrutura romana submersa - Soprintendenza Archeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale

 

As construções

Conforme relatado pelo Heritage Daily, escavações do Serviço de Arqueologia Subaquática, em colaboração com o CSR Restauro Beni Culturali, identificaram dois cinturões de paredes de tijolos, construídos em uma dupla camada de tijolos triangulares e argamassa. 

Segundo o veículo, a equipe encontrou o piso opus spicatum — um tipo de trabalho de alvenaria de tijolos em formato de espinha de peixe; padrão comum durante o período romano, utilizado em decorações e normalmente usado para pavimentação. A técnica também, ocasionalmente, era usada como preenchimento de paredes. 

Estrutura romana submersa - Soprintendenza Archeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale

Além disso, também foram encontrados vestígios de opus signinum — uma forma de concreto romano que usava pequenos pedaços de pote quebrado, incluindo ânforas, telhas ou tijolos. O termo é utilizado principalmente por sua impermeabilização e resistência a umidade, sendo utilizado em edifícios como banhos romanos, cisternas e aquedutos. 

Ainda não se sabe a datação exata da estrutura, mas estima-se que o uso do opus signinum foi feito pelos romanos entre o início do século 1 a.C. até meados do século 2 d.C., quando estilos padronizados de pavimentos entraram em uso. 

Um comunicado da Soprintendenza Archeologia Belle Arti Paesaggio Etruria Meridionale aponta que os elementos arquitetônicos utilizados sugerem que o pavilhão seja parte de uma villa luxuosa que está enterrada em algum lugar das proximidades da descoberta.

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