A descoberta evidencia que o povo local pode ter construído alguns dos primeiros edifícios monumentais nas Américas
Fabio Previdelli Publicado em 28/11/2019, às 11h23
Pesquisadores descobriram uma misteriosa estrutura de pirâmide em um enorme complexo arqueológico no Peru. O incrível achado foi feito pelo Projeto Arqueológico Sechin, na província de Casma, na região norte de Ancash.
O sítio remete há uma história de mais de 5.000 anos. Acredita-se que a região tenha sido o centro de uma enigmática sociedade pré-histórica conhecida como a cultura Sechin. Os especialistas pensam que o local pode ter sido usado para fins cerimoniais ou até mesmo para ritos de sacrifícios humanos. A arqueóloga Monica Suares, coordenadora do Projeto, declarou que, no entanto, será necessário “fazer uma análise mais aprofundada”.
Antes do achado, pouco se sabia sobre a antiga civilização, mas a descoberta evidenciou que eles foram os responsáveis por construírem alguns dos primeiros edifícios monumentais nas Américas. Muitos pesquisadores acreditam que eles possam ser a primeira civilização conhecida nos Andes.
A construção foi identificada quando os arqueólogos estavam escavando o local e localizaram uma estrutura há cerca de 5,5 metros abaixo o solo. Lá, foi encontrado uma escadaria feita de laje e pedras — semelhantes a uma pirâmide de degraus. Estima-se que pirâmide tinha em torno de 3 metros de altura e 4,5 metros de largura.
Outras descobertas
Além da construção, os arqueólogos também encontraram dois crânios humanos que, depois de um estudo preliminar, descobriram pertencer a um adulto e a uma criança pequena. Já ao lado da estrutura, eles acharam um esqueleto humano que parece ter sido desmembrado, o que faz com que as teorias sobre as práticas cerimoniais e sacrifícios humanos ganhem força.
Agora, os pesquisadores continuarão a explorar a base da pirâmide. Já os restos encontrados nas proximidades serão estudados de forma mais minuciosa. Os especialistas esperam que a construção possa fornecer mais informação sobre o complexo de Sechin e, mais importante, que possa ajudá-los a entenderem melhor os costumes das pessoas que moravam há 5.000 anos no local.
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