A reconstrução facial demorou cerca de 2 anos para ser finalizada - GUARD Archaeology
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Este homem pertenceu ao povo que inspirou os selvagens de Game of Thrones

Romanos criaram uma muralha para escapar da fúria dos pictos

Thiago Lincolins Publicado em 13/04/2019, às 03h00

O cavalheiro acima viveu na Escócia em algum momento entre 340 e 615, trabalhou duro e era um (provavelmente) orgulhoso membro da etnia picta, celtas que dominaram a parte norte da Grã-Bretanha, que não apenas os romanos não conseguiram conquistar, como fizeram duas muralhas para tentar se proteger deles - a de Adriano, em 122, e a de Antonino, 20 anos depois, mais ao norte - esta acabaria abandonada diante dos ataques.

Originalmente, os pictos eram caçadores que viviam em paz até sua terra ser invadida pelos romanos. Se tornaram então guerreiros e entre as armas para sua defesa estavam lanças e pequenos escudos redondos. Os romanos, que haviam batido outros celtas ao sul, os icênicos, acabaram jogando a toalha. 


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A história instigou a imaginação de George R. R. Martin, autor de As Crônicas do Gelo e Fogo, origem da muralha, a guarda e os selvagens de Game of Thrones. Durante uma visita à Muralha de Adriano, que hoje é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco, o autor imaginou como era ser um romano diante da tensão de ter seu reino invadido pelos Pictos e outros povos vistos como "Bárbaros". Assim imaginou o imenso paredão de gelo. 

"O esqueleto foi inicialmente encontrado em 1980. Até aí uma certa quantidade de trabalho foi feita. Vários membros da comunidade local e grupos queriam fazer mais com a descoberta, então entraram em contato e pediram uma reconstrução facial a partir dos restos encontrados", diz Bob Will, líder do projeto ao Daily Record UK. A reconstrução foi exibida no Museu e na Galeria de Arte de Perth  como parte da exposição Picts & Pixels

Os arqueólogos da GUARD Archaeology de Glasgow levaram cerca de dois anos para finalizar a reconstrução facial. Testes de DNA vão ser realizados para descobrir a origem do homem e como eram os seus hábitos alimentares. "Estamos trabalhando com arqueólogos da Universidade de Aberdeen na análise de isótopos, isso vai nos ajudar a descobrir mais sobre sua saúde e de onde veio. Esperamos poder começar isso nos próximos seis e oito meses. Estamos ansiosos para ver o resultado", afirma Bob Will. 

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