A metade em que imperava o capitalismo durante a Guerra Fria nunca havia abrigado uma homenagem ao líder soviético, que agora está numa rua de Gelsenkirchen
André Nogueira Publicado em 24/06/2020, às 06h00 - Atualizado às 07h53
Pela primeira vez na metade ocidental da Alemanha, foi erguida uma estátua do revolucionário soviético Vladimir Lenin, da Rússia. O feito, ocorrido em Gelsenkirchen, é resultado do esforço de um partido marxista do país, o MLPD, após disputas judiciais com a prefeitura, que argumentava desvalorização imobiliária.
O ícone metálico possui 2,15 m de altura e foi fabricado em 1930, sendo comprado da República Checa. Após análises da situação, juízes deram aval à aquisição, argumentando que a estátua está a uma distância considerável do prédio da caixa econômica Sparkasse, usada no argumento.
A figura de Lenin, central para a ideologia marxista, nunca havia sido homenageado em estátua na área que pertencera à antiga República Federativa da Alemanha, lado capitalista do país dividido na Guerra Fria. Ato também é marcante por acontecer em meio a um cenário mundial de destruição de monumentos a figuras ligadas à escravidão racista e ao colonialismo, principalmente nos EUA.
Supostamente, ainda há recursos disponíveis em cortes superiores para barrar a homenagem, mas a autorização para o erguimento do monumento foi dada no dia 14 de março e não houve mais ações judiciais, até que o ato foi concretizado nessa semana, e a estátua já foi inaugurada em Gelsenkirchen.
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