Chacina ocorrida em 1921 em Oklahoma resultou na morte de 300 negros americanos; Justiça do país fará nova análise do ocorrido
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/10/2024, às 16h15
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos reabrirá, neste mês, as investigações do "Massacre de Tulsa", chacina racial que matou cerca de 300 pessoas negras em Oklahoma há mais de 100 anos.
A decisão foi comunicada pela procuradora-geral adjunta Kristen Clark nesta segunda, 7, e divulgada pela Reuters.
Em 31 de maio de 1921, um homem negro foi acusado de ter agredido uma mulher branca no bairro de Greenwood, em Tulsa. Isso desencadeou uma reação violenta que logo evoluiu para um massacre racial na região. À época, o local era conhecido como "Wall Street negra".
Conforme a procuradora em entrevista à agência, o objetivo da reabertura das investigações se resume a "finalizar os procedimentos de revisão e avaliação" do caso até o fim do ano. Clark ainda revelou suas expectativas para a conclusão do processo.
Quando concluirmos nossa revisão federal, emitiremos um relatório analisando o massacre à luz das leis de direitos civis modernas e da época"
A análise será conduzida com base na Lei de Crimes de Direitos Civis Não Resolvidos Emmett Till, que designa ao Departamento de Justiça o dever de investigar crimes de direitos civis que resultaram em morte, ocorridos até dezembro de 1979.
+ Esqueleto é descoberto em local ligado ao Massacre de Tulsa de 1921
Para tanto, a procuradora Clark afirmou que as investigações em curso se apoiam em documentos históricos, relatos de testemunhas e pesquisas acadêmicas sobre o massacre.
Arqueólogos descobrem túmulo medieval com "vampiros" na Polônia
Cientistas dizem que asteroide que extinguiu os dinossauros não estava sozinho
Promotora do caso Menendez gera revolta em documentário da Netflix
Irmãos Menendez: Advogada quebra silêncio em documentário da Netflix
Furacão Milton causa pânico na Flórida: Moradores se preparam para o pior
Veja como arqueólogos encontraram objetos ancestrais em tumba de 1.500 anos