O esqueleto de 7.000 anos encontrado na Polônia - Divulgação/Pawel Micyk & Lukasz Szarek
Arqueologia

Esqueleto completo de 7000 anos é encontrado durante reforma na Polônia

Os restos mortais, que provavelmente pertenceram a um fazendeiro do Neolítico, foram encontrados na reforma de uma praça municipal

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 19/05/2023, às 14h41

Durante a reforma de uma praça municipal em Słomniki, município próximo de Cracóvia, uma das maiores cidades da Polônia, um esqueleto completo foi encontrado. Arqueólogos descobriram que os restos mortais têm cerca de 7.000 anos.

O esqueleto pertenceu a um homem que viveu durante o período Neolítico, marcado pelo início da agricultura e da sedentarização de parte da humanidade. Os restos mortais estão em condições de preservação excelentes, e foram encontrados ao lado de fragmentos de cerâmica. 

Os pedaços de obras encontrados junto do esqueleto apontam para o período de cerâmica de linhas, um certo estilo de escultura com argila que ajudou a identificar a idade dos restos mortais. Esses dados foram explicados por Paweł Micyk, um arqueólogo que trabalhou na escavação do esqueleto e divulgou as informações ao site de divulgação científica LiveScience.

Segundo Micyk, uma das coisas que ajudou a preservar o esqueleto foi o nível de acidez baixo do solo onde ele estava enterrado.

Esqueleto anônimo

Micyk disse que, por enquanto, a equipe não consegue afirmar quem foi a pessoa que estava enterrada ali na região próxima a Cracóvia. Uma análise de um antropólogo e uma datação por radiocarbono serão realizadas no futuro para entender com mais precisão o que o indivíduo fez e quando ele viveu.

Outra arqueóloga polonesa, Małgorzata Kot, não está envolvida com a escavação, mas disse em entrevista ao LiveScience que ela é uma descoberta científica muito importante por trazer mais luz sobre os habitantes daquela região, fazendeiros do Neolítico que entraram na Polônia cerca de seis milênios atrás.

Kot explica que não se sabe muito sobre a cultura desses agricultores, menos ainda sobre como eles enterravam seus mortos. Com um esqueleto tão bem preservado como esse, será possível entender melhor esses pioneiros no território polonês. Além deles, segundo Kot, a região só era habitada por caçadores-coletores, mas não se sabe como eram as interações entre os povos.

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