Escultura, encontrada no México, de aproximadamente 1.200 a 1.400 anos - Divulgação/Princetown University Art Museum
Arqueologia

Esculturas revelam expressões faciais que igualam os tempos modernos com o passado

Estudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley identificou semelhanças entre as feições de antigas civilizações mesoamericanas e as do mundo atual

Vanessa Centamori Publicado em 24/08/2020, às 12h05

Uma dupla de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, dos Estados Unidos, descobriu que expressões faciais de esculturas antigas de civilizações mesoamericanas podem ser atuais mesmo após cerca de 3,5 mil anos. 

Os resultados do estudo foram publicados na revista Science Advances. De acordo com a pesquisa, foram analisad expressões de dor, euforia, tristeza, etc, de vários artefatos maias, olmecas e de diversas outras civilizações. Então, os pesquisadores compararam essas com as feições atuais de 325 falantes de inglês, do mercado de crowdsourcing da Amazon. 

Artefatos antigos de civilizações mesoamericanas / Crédito: Divulgação/Cowen and Keltner, Science Advances

 

Além disso, outros 114 participantes observaram as esculturas e foram questionados a explicar quais emoções elas retratavam. O resultado foi que os voluntários interpretaram as feições dos artefatos milenares de maneira semelhante às emoções atuais. 

Ou seja, isso indicou, segundo os especialistas, que existem expressões faciais universais que igualam os tempos modernos com o passado. Algumas delas foram registradas por artistas americanos, em uma época que antecedia qualquer contato conhecido entre o Ocidente e as Américas antigas.

"Os presentes resultados, portanto, fornecem suporte para a universalidade de pelo menos cinco tipos de expressão facial: aquelas associadas à dor, raiva, determinação/tensão, euforia e tristeza", escreveram os autores, no estudo.  

História arqueologia Astecas estudo notícia maias expressão tempo esculturas

Leia também

Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix


Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha


Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu


Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos


Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro


Corpo de alpinista eslovaco é recuperado no Himalaia após escalada histórica