A decisão foi anunciada em meio ao estado de 'conflito armado interno', declarado após a invasão de uma emissora de TV e de uma universidade por grupos armados
Giovanna Gomes Publicado em 10/01/2024, às 09h53
Os atendimentos ambulatoriais foram suspensos nos centros de saúde e hospitais de todo o Equador pelo Ministério da Saúde. A medida foi anunciada em razão do estado de "conflito armado interno" declarado no país após a invasão a uma emissora de TV e à Universidade de Guayaquil nesta terça-feira, 9.
Consultas agendadas e cirurgias planejadas também serão reagendadas. Apesar disso, os serviços de urgência e internação continuam operando normalmente.
O Instituto Equatoriano de Seguridade Social destacou a implementação de protocolos de segurança em todas as unidades médicas do país. Vale destacar que visitas familiares aos pacientes internados foram temporariamente suspensas por 24 horas.
De acordo com informações do portal de notícias UOL, as Forças Armadas receberam autorização para conduzir operações com o objetivo de "neutralizar" grupos, conforme estipulado em decreto assinado pelo presidente do Equador, Daniel Noboa, ontem. Este decreto visa especificamente 22 grupos criminosos de natureza transnacional, apontados pelas autoridades como "terroristas".
O Equador já se encontrava em estado de exceção desde a fuga de José Adolfo Macías Villamar, mais conhecido como Fito. Ele lidera o grupo temido denominado Los Choneros, que disputa rotas de tráfico de drogas com outros criminosos associados a cartéis no México e na Colômbia.
Essa medida possibilita ao presidente Noboa a mobilização das forças militares nas ruas e nas penitenciárias por um período de 60 dias, além da suspensão temporária de direitos civis.
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