Justificando que medidas contra a Rússia podem elevar o perigo do conflito, Ronaldo Costa Filho pediu cautela
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/02/2022, às 15h04
Mantendo a postura de ‘neutralidade’ que o Brasil tem adotado em relação à invasão russa da Ucrânia, o embaixador Ronaldo Costa Filho aproveitou seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) neste domingo, 27, para pedir cautela em relação a quaisquer ações que possam levar a um conflito mundial.
Em sua fala, Costa Filho especialmente se referiu às sanções econômicas impostas pela Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte, em especial pelos Estados Unidos. Além disso, o embaixador se colocou contra as movimentações de tropas internacionais e o fornecimento de armas, pois podem escalar a invasão.
De acordo com a cobertura do portal de notícias R7, Ronaldo Costa Filho explicou sua posição com justificativas de fome e agravação do conflito entre Ucrânia e Rússia, também explorando a possibilidade de que estas medidas possam trazer um confronto direto entre Putin e os países da Otan.
O fornecimento de armas, o recurso para ciberataques e a aplicação de sanções seletivas, que podem afetar setores como fertilizantes e trigo, com forte risco de fome, acarretam o risco de agravar e espalhar o conflito e não de resolvê-lo. Não podemos ser alheios ao fato de que essas medidas aumentam os riscos de um confronto mais amplo e direto entre a Otan e a Rússia", afirmou ele, que também sua proposta: "Precisamos nos engajar em negociações sérias, de boa fé, que possam permitir a restauração da integridade territorial da Ucrânia, garantias de segurança para a Ucrânia e a Rússia e estabilidade estratégica na Europa".
Anteriormente, o representante do Brasil usou suas palavras para pedir atenção à segurança do povo ucraniano, porém, em sua visão, não houve mudança.
"Pelo contrário, na verdade. Enquanto falamos, o número de vítimas, o sofrimento humano e os riscos para a paz e a segurança internacionais continuam aumentando a cada hora".
Por fim, como inúmeros outros países que têm nativos vivendo em terras ucranianas, Costa Filho agradeceu todas as nações que têm aceitado e acolhido refugiados, como a Polônia, a Hungria e a Eslováquia.
"Ao renovarmos nossos apelos por um cessar-fogo imediato, também apelamos à Ucrânia e à Rússia para que facilitem a retirada de todas as pessoas que desejam deixar o território ucraniano. O Brasil já deseja expressar sua gratidão à Polônia, Eslováquia, Hungria, Moldávia, Romênia e outros que estão facilitando a saída de pessoas que fogem do conflito, em especial brasileiros e latino-americanos".
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