O site Aventuras na História conversou com a instituição de ensino nesta sexta-feira, 27
Redação Publicado em 27/08/2021, às 20h17
O Colégio Domus Sapientiae, localizado no Itaim Bibi, em São Paulo, foi palco de um lamentável episódio nesta sexta-feira, 27.
Durante o chamado 'Trote do Terceirão', tradição em que alunos prestes a finalizar o Ensino Médio vão estudar com diferentes fantasias, um aluno se vestiu como Adolf Hitler, usando inclusive a braçadeira com o símbolo dos nazistas.
Em imagem repercutida através dos stories, no Instagram, ele aparece ao lado de outros colegas que, segundo a publicação descreve, estão fantasiados como Lenin e Anatoly Karpov - e também trocaram as roupas após o caso ser notado. No registro, o jovem vestido de Hitler realiza a infame saudação nazista.
O site Aventuras na História contatou a instituição de ensino, que deu seu parecer sobre a situação.
Os alunos entraram na escola com roupas normais e em seguida se fantasiaram. No momento em que apareceram com as vestimentas, foram repreendidos por profissionais do colégio.
“O Colégio Domus Sapientiae informa que repudia veemente a manifestação lamentável de alguns estudantes nesta manhã durante a realização do tradicional Trote do Terceiro Ano. Os alunos vestiram a fantasia após terem entrado na escola, que agiu imediatamente repreendendo os alunos, que logo trocaram suas fantasias. O colégio reforça que não tolera qualquer movimento dessa natureza e que já está apurando o caso para aplicar as devidas providências disciplinares a todos os envolvidos”.
Vale lembrar que a constituição brasileira é clara quanto ao uso de material nazista. A lei 7.716/1989 informa que é proibido "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena - reclusão de dois a cinco anos e multa".
Ao lado de outras mentes cruéis, Adolf Hitler foi o responsável pelo massacre de judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e outras minorias durante a Segunda Guerra Mundial.
No Terceiro Reich, aqueles excluídos da ‘raça ariana’ eram enviados para campos de trabalho forçado e execução. Uma das vítimas brasileiras do regime é o senhor Andor Stern.
“Eu tive o privilégio de ter reposto tudo que eu perdi. A vida me compensou de verdade: me deu, por exemplo, uma família maravilhosa e a oportunidade de, ainda com a minha idade, ser lúcido. Eu não tenho muito do que reclamar da vida, ainda que tenha vivido o que eu presenciei”, disse ele em entrevista ao site Aventuras na História no ano passado.
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