A PF encontrou o documento na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro
Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 12/01/2023, às 17h58
A Polícia Federa (PF) encontrou uma minuta de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022 na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Ele se manifestou sobre a minuta no Twitter.
Torres escreveu que o "documento citado foi vazado fora do contexto ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim". A medida pode ser considerada inconstitucional. A apuração do documento revela que ele cita o reestabelecimento imediato da lisura e correção da eleição de 2022.
De acordo com um especialista ouvido pelo G1, o “propósito” do decreto seria “interferir no Tribunal Superior Eleitoral para Bolsonaro se autodeclarar vencedor das eleições". O coordenador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), Renato Ribeiro de Almeida comentou sobre o caso.
É golpe. Não existe uma previsão legal para isso. Não existe no estado democrático de direito. É um ato preparatório de crime. Se fosse colocado em prática, levaria à prisão de Anderson Torres e do próprio Jair Bolsonaro", afirmou.
Na última terça-feira, 10, a PF esteve na casa de Anderson Torres para cumprir um mandado de prisão que foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, mas o ex-secretário de Segurança Pública não estava lá.
Os agentes então saíram da casa com malotes recolhidos no local, e a minuta do decreto estava entre o material apreendido. Até o final de 2022, Anderson Torres era o ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), mas em janeiro deste ano foi nomeado secretário de Segurança pelo então governador do DF, Ibaneis Rocha.
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