Pinturas que reapareceram após a retirada de camadas de tinta - Divulgação / Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA)
Pinturas

Durante restauração, pinturas coloniais ‘reaparecem’ e podem ser visitadas em museu

As pinturas foram feitas no período colonial e reapareceram em Minas Gerais

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 27/08/2022, às 09h48

Em uma restauração, na Região Central de Minas Gerais, pinturas decorativas do período colonial (1530 a 1822) que estavam debaixo de camadas de tinta em paredes de uma sala do Museu Casa Padre Toledo, em Tiradentes, reapareceram.

O processo de restauração iniciou no início de janeiro e já está em sua terceira e penúltima etapa, com previsão de ser concluída em novembro. As obras já podem ser visitadas na sala do torreão do casarão bicentenário, que possui o museu da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA), integrado ao Campus Cultural Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Provavelmente, elas foram descobertas na década de 1980 e, entre 2010 e 2012, diagnósticos e estudos foram realizados nelas. Mas, somente em 2022 que os trabalhos de restauração puderam ser iniciados.

A equipe conta com 11 profissionais e, na etapa final do processo, a reintegração cromática e a apresentação estética das ornamentações serão feitas nas peças.

Pinturas do período colonial "reaparecem" - Foto: Divulgação / Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA)

Influência artística

As pinturas se tornaram mais um bem integrado ao museu e servirão de ações de pesquisa, comunicação e formação museológica. O restaurador André Luis de Andrade é quem está à frente da parte técnica do trabalho:

É possível analisar novos aspectos estilísticos, técnicos e o estado de conservação com maior precisão. A pintura das paredes do torreão apresenta uma composição floral caracterizada como imitação de tecido de seda lavrada, influência do rococó francês, representada pela decoração composta por ramos florais assimétricos intercalados por ramos vegetais em composição em losangos, distribuídos sobre fundo em imitação de damasco", diz ele.

Tais características, segundo o restaurador, via G1, fazem com que seja possível identificar que o trabalho foi feito no período do Rococó, em Minas Gerais.

Brasil Minas Gerais museu restauração pinturas coloniais Rococó

Leia também

Maria e o Cangaço: Veja o dilema que será explorado na série sobre o cangaço


Morre Frank Auerbach, pintor que fugiu dos nazistas na infância, aos 93 anos


Maria e o Cangaço: Série vai contar a história de Maria Bonita e Lampião


Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura


Leitura labial revela conversa de Kate Middleton em evento da realeza


Estrela de The Office revela segredo da 'exclusão' de três personagens do escritório