O caso aconteceu em Lençóis Paulista; no local foram encontradas 1,6 mil peças que indicam vestígios de povos pré-coloniais. Confira!
Luíza Feniar Migliosi sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 20/08/2021, às 11h55
Durante estudos para licenciamento e construção de um loteamento residencial, um sítio arqueológico foi descoberto no município de Lençóis Paulista, em São Paulo, o caso aconteceu em junho e foi divulgado na última terça-feira, 17. As informações são do G1.
Em torno de 1,6 mil peças foram encontradas no local, incluindo artefatos em pedra e fragmentos cerâmicos, que indicam vestígios de povos antigos na região. A área analisada tem aproximadamente 20 hectares.
As peças agora integram o Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico (PGPA), sendo que a Gestão é uma das exigências legais para licenças em empreendimentos imobiliários.
Elas devem ser enviadas para o Museu Municipal de Jaú ou farão parte de uma coleção de referência em Lençóis Paulista para visitação da população local, de qualquer forma, as peças serão analisadas primeiro. A PGPA disponibilizou uma Mostra Virtual com as peças e o processo dos arqueólogos que pode ser visitada em um link na internet.
Segundo Ana Cristina Chagas dos Anjos, educadora responsável pelo Programa Integrado de educação Patrimonial do PGPA, em entrevista ao G1, uma primeira análise possibilita afirmar que a população que se estabeleceu nessa encosta de rio era horticultora-ceramista.
Além disso, possivelmente confeccionavam potes cerâmicos para conter água e alimentos. Vivendo de agricultura, coleta de raízes, frutos e mel, essa população também produzia ferramentas em pedra, como, por exemplo, raspadores, furadores, lâminas de machado, e pontas de flechas e de lanças.
Uma análise laboratorial irá determinar a idade dos artefatos. Estima-se que a ocupação seja anterior à chegada dos europeus ao continente, portanto, povos pré-coloniais.
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