Diretor de documentário sobre JonBenét Ramsey defende inocência da família

Joe Berlinger, diretor da série documental “Caso Arquivado: Quem Matou JonBenét Ramsey?”, defendeu a inocência da família da jovem miss JonBenét Ramsey (1990-1996), assassinada em um crime nunca solucionado em Boulder, Colorado (EUA).

Vencedora de diversos concursos infantis de beleza, a menina tinha apenas seis anos quando desapareceu em 26 de dezembro de 1996. Seus pais encontraram uma carta de resgate exigindo US$ 118 mil. A polícia foi acionada e iniciou a investigação, interrogando a família. Pouco depois, o pai da menina a descobriu morta no porão da casa. 

JonBenét tinha a boca coberta por fita adesiva, os pulsos amarrados e um fio de náilon em volta do pescoço. A autópsia revelou que a causa da morte foi estrangulamento, acompanhado por uma fratura no crânio.

Inicialmente, os pais e o irmão, de apenas 9 anos, foram suspeitos, mas um professor, John Mark Karr, assumiu o crime, sendo posteriormente descartado por inconsistências em seu depoimento.

'Inocentes'

Em entrevista ao jornal norte-americano New York Post, Berlinger expressou convicção na inocência dos Ramsey e sugeriu que o caso pode ser resolvido caso a polícia de Boulder conduza novas investigações e reavalie todos os suspeitos, incluindo aqueles descartados nos anos 1990. Ele também propôs novos exames de DNA, inclusive na família.

Sobre o pai de JonBenét, Berlinger afirmou que John Ramsey, hoje com 80 anos, colaborou com o documentário de forma voluntária e sem exigências, destacando seu desejo de ver o caso encerrado. 

O John Ramsay concordou em se sentar conoco, não pediu nenhuma remuneração, nunca foi pago - não pagamos as nossas fontes - e não pediu por nenhum envolvimento editorial. Nenhuma pergunta foi descartada. Para mim, trata-se de um cara de 80 anos que quer o caso solucionado. É apenas inimaginável que a família tenha qualquer envolvimento com isso tudo”, destacou ao jornal.