Local fornecia aos mais ricos anfitriões e era muito lucrativa
Mariana Ribas Publicado em 02/01/2019, às 13h12 - Atualizado às 14h55
Os arqueólogos encontraram a loja de gelo mais antiga do mundo perto do Regent´s Park, em Londres, que tinha ligação com uma família muito rica do século 18.
Enquanto um grupo de arqueólogos escavavam o Park Crescent West, encontraram a casa de gelo, encoberta de entulhos por causa da guerra que acontecera ali. A loja tinha um formato oval com 9,5 metros de profundidade e 7,5 metros de altura.
"Sempre houve um entendimento de que havia uma casa de gelo aqui em algum lugar, mas não tínhamos certeza de onde", afirmou David Sorapure, chefe de patrimônio do Museu de Arqueologia de Londres (MOLA). Após limparem o local, estava tudo muito bem preservado, segundo o arqueólogo, e também muito seguro.
Antigamente em Londres, antes de existir energia, a dificuldade de conservar as coisas era uma questão polêmica. Como não existia um recipiente que mantinha o ambiente gelado, os anfitriões das grandes festas tiveram que achar outra forma de não apenas conservar, mas gelar ou manter gelado alimentos e bebidas.
Para isso, aqueles que eram mais exigentes utilizavam de grandes blocos de gelo que vinham de embarcações da Noruega até Londres, e armazenados com muito cuidado, e assim, tirava-se lascas para gelar as bebidas.
Tendo sua construção original no ano de 1780, a loja começou a ganhar fama apenas em 1820. Quando um comerciante de gelo chamado William Leftwich começou a importar gelo de boa qualidade da Noruega.
Os trabalhadores iam até o vazio do corredor da caverna para cortar os gelos, e segundo Danny Harrison, um arqueólogo da MOLA, depois eram enviados a cavalo para as grandes casas, restaurantes e até estabelecimentos médicos.
“Sabemos que costumavam usar gelo para entorpecer as coisas, para fazer odontologia, e temos a Harley Street e a Wimpole Street por perto. Há uma boa chance de que eles estivessem tirando gelo limpo daqui.”
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