A dona da joia, que é a mais rica de seu tipo a ser desenterrada em solo britânico, seria uma possível líder cristã
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/12/2022, às 16h34
Uma escavação arqueológica conduzida nas proximidades da cidade britânica de Northampton pelo Museu de Arqueologia de Londres (MOLA) descobriu o enterro de uma mulher de grande status que viveu no século 7.
Seus restos mortais estavam muito decompostos para serem analisados, de forma que o foco do achado foram os tesouros encontrados dentro de seu local de descanso.
O que mais se destaca é um impressionante colar de 1.300 anos preenchido com 30 pingentes, como pepitas de ouro, contas de vidro, pedras semipreciosas e moedas romanas.
A peça central, que os pesquisadores acreditam ter pertencido ao fecho de uma caixa e depois reutilizado para a confecção da joia, é um retângulo metálico incrustado de granadas vermelhas e ouro. Trata-se do colar do século 7 mais rico já encontrado em solo britânico.
O enterro da mulher, que teria possivelmente sido de uma líder religiosa em vida, é considerado ainda de "relevância internacional" pela equipe de MOLA, segundo repercutido pelo Newsweek.
Esta descoberta é verdadeiramente a descoberta de uma vida — o tipo de coisa que você lê em livros didáticos e não algo que você espera ver saindo do chão na sua frente", afirmou Simon Mortimer, especialista que trabalha para a entidade.
Além do adereço para o pescoço, foram encontrados dois potes decorados, um prato de cobre e uma curiosa cruz trazendo representações de rostos humanos em prata fundida.
É a complexidade dos tesouros funerários encontrados na cova que sugerem a posição social alta de sua dona — ela teria pertencido à realeza, exercido um cargo alto dentro da Igreja Católica, ou então ambos. A próxima fase da pesquisa é analisar os artefatos em laboratório.
Esta é uma descoberta emocionante que lançará uma luz considerável sobre a importância de Northamptonshire [condado onde ocorreu o achado] no período saxão", relatou Liz Mordue, uma consultora de arqueologia que trabalha para o governo local, ainda conforme repercutido pelo Newsweek.
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