Zonas atingidas chegam a cerca de 7,2 milhões de metros quadrados, equivalente a 4,5 vezes o famoso parque Ibirapuera, na capital paulista
Paola Churchill Publicado em 27/04/2020, às 12h20
Um levantamento feito pelo vereador Gilberto Natalini, do Partido Verde, que foi apresentado nessa segunda-feira, 27, revela que o número de áreas verdes devastadas pelo crime organizado para implementar loteamentos clandestinos em São Paulo, aumentou de 90 para 160 em menos de um ano.
A parte atingida representa 7,2 milhões de metros quadrados, o equivalente a 4,5 vezes o tamanho do parque Ibirapuera, ponto turístico da capital paulista. Segundo o relatório publicado pelo ex-secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, esse crime conta com uma rede de apoio e proteção formada por agentes de segurança, servidores da prefeitura e até mesmo, parlamentares.
Em agosto de 2019, o vereador produziu um dossiê do desmatamento da Floresta Atlântica, com o mapeamento de 90 áreas atingidas apenas na capital, maioria na região das represas. O documento também trouxe a denúncia que o crime organizado estava explorando essas áreas.
O estudo não conseguiu causar uma comissão parlamentar, contudo, atraiu, segundo Natalini, dezenas de pessoas dispostas a denunciar a devastação que ocorria nessas áreas e o envolvimento do crime organizado.
Com a ajuda da população, o vereador e seu gabinete receberam vídeos, fotos e até mesmo filmagens por drones, que ajudaram a identificar novas áreas desmatadas. As provas servem de apoio para encontrar os responsáveis pelos loteamentos clandestinos.
Os nomes dos envolvidos foram entregues ao Ministério Público de São Paulo em um documento separado, que agora, está trabalhando em conjunto com a Prefeitura e a Secretaria de Segurança do Estado para aumentar ações que sejam suficientes para combater o desmatamento na capital.
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