Guayaquil, a cidade mais afetada pela doença, sofre com um colapso sanitário sem precedentes
André Nogueira Publicado em 06/04/2020, às 10h00
Presenciando os horrores do colapso do sistema de saúde e funerário, a cidade de Guayaquil, no Equador, passou a utilizar caixões de papelão para enterrar as vítimas da pandemia do novo coronavírus. É o que informa a Associação de Papeleiros do país, que doou mil féretros do material ao município.
“É para que possam cobrir a demanda de caixões, que estão em falta na cidade ou são extremamente caros”, afirmou um porta-voz do conselho de Guayaquil à Agence France-Presse.
O papelão não atende às normas estabelecidas pelo governo para o sepultamento de vítimas da COVID, mas “não há fornecimento suficiente” de caixões de madeira, segundo Santiago Olivares, dono de uma funerária na cidade. No país, o objeto é vendido a partir de 400 dólares, mas sequer está chegando ao país, devido ao toque de recolher. A cidade, que tem o maior número de casos, já reportou 126 mortos.
O país decretou estado de exceção devido à crise atual, em que já se contabilizam 3.646 casos da doença, fazendo do Equador um dos mais afetados do continente. A prefeitura de Guayaquil afirmou que a medida improvisada auxiliará na proporção de sepulturas dignas aos mortos.
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