As conchas estavam em mais de mil caixas, enterradas abaixo da superfície da colina de Jingtoushan
Vanessa Centamori Publicado em 08/06/2020, às 15h58
Ao longo de oito milênios, milhares de conchas permaneceram praticamente intactas na colina de Jingtoushan, em Yuyao, na China. No entanto, em 2013, trabalhadores de construção civil encontraram os itens marinhos acidentalmente.
As conchas são nada mais do que órgãos, que pertenceram a moluscos, há milhares de anos. Elas foram estudadas a fundo somente em setembro do ano passado. E só recentemente a descoberta dos artefatos milenares veio à público.
Os itens do oceano estavam em mais de mil caixas, todas enterradas na área de 750 metros quadrados, em Yuyao. Os arqueólogos acreditam que, até agora, somente uma parte das conchas foi descoberta, podendo revelar mais peças no futuro.
Todas as conchas foram datadas com base em uma análise por radiocarbono, que mostrou que as formações do oceano foram usados por seres humanos entre 8,3 a 7,8 mil anos atrás. Embora o tempo tenha passado,os itens parecem nunca terem sofrido os impactos físicos dos anos.
Em entrevista ao portal China Daily, o pesquisador Sun Guoping, do Instituto Provincial de Relíquias Culturais e Arqueologia, contou que não esperava detectar uma descoberta tão bem preservada. "Até agora, é o maior e mais antigo monte de conchas já descoberto na China", contou.
No país asiático, montes desse tipo são provas comuns de que frutos do mar eram importantes na dieta de pessoas das províncias costeiras. As conchas eram consumidas em áreas mais ao norte, como em Liaoning e Shandong, ou em Guangdong e Taiwan, mais ao sul. Porém, a maioria dos itens até então tinha menos de 6 mil anos, mostrando que a descoberta em questão é bastante peculiar.
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