Durante funeral, membros da comunidade curda francesa carregam caixões das vítimas do ataque em Paris - Reprodução/YouTube/AFP
Paris

Comunidade curda homenageia vítimas do ataque racista em Paris

O funeral dos três curdos assassinados mobilizou milhares de pessoas no subúrbio de Paris

Redação Publicado em 03/01/2023, às 15h02

Nesta terça-feira, 3, membros da comunidade curda na Europa foram às ruas para prestar homenagens aos três curdos mortos em um ataque racista no Centro de Paris, na véspera de Natal. Milhares de pessoas, em Villiers-le-Bel, subúrbio de Paris, caminharam segurando os caixões das vítimas enquanto entoavam “Mártires são eternos”.

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, os caixões, que estavam cobertos com as bandeiras do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e do território curdo na Síria, foram levados até um salão, local em que foi realizado o funeral

Em entrevista à agência de notícias AFP, Celik, uma mulher de 30 anos que preferiu não identificar seu sobrenome por questões de segurança, disse:

É nosso dever estar aqui. É uma luta de nossos pais há muitos anos e que devemos continuar".

O ataque 

No dia 23 de dezembro, Abdurrahman Kizil, frequentador do centro cultural onde foi feito o ataque, Emine Kara, líder do Movimento das Mulheres Curdas na França, e Mir Perwer, cantor e refugiado político, foram mortos a tiros por um homem de origem francesa, identificado como William Malet, de 69 anos. 

O suspeito, que possui antecedentes criminais, foi detido no último dia 26 e confessou aos policiais franceses que sentia um “ódio pelos estrangeiros que se tornou completamente patológico”, fato que teria motivado o ataque

Além disso, em nota publicada pelo Ministério Público francês, Malet já havia sido condenado por porte ilegal de armas e violência premeditada de caráter racista. 

Alerta 

O caso reacendeu o alerta de segurança para a comunidade curda na Europa, que também sofreu outros ataques em 2013, quando três militantes foram assassinados. No entanto, muitas pessoas defendem a versão de que os atentados fazem parte de atos terroristas promovidos pela Turquia e que não seja apenas um ataque racista isolado.

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