Butch Wilmore e Suni Williams, astronautas "presos" no espaço - Reprodução/NASA
NASA

Com prolongamento de missão, autoridade nega que astronautas estejam presos no espaço

Astronautas da Starliner da Boeing enfrentam prolongamento de missão inicialmente curta e problemas técnicos prolongam o retorno

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 01/07/2024, às 17h37

Após mais de três semanas de missão, que originalmente deveria durar apenas alguns dias, os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore, da espaçonave Starliner da Boeing, ainda não têm data definida para retornar à Terra.

"Não estamos presos na ISS", afirmou Mark Nappi, atual gerente de programa da Boeing para Starliner, em coletiva ocorrida na sexta-feira, conforme o jornal The New York Times. “A tripulação não está em perigo”.

A espaçonave, que encontrou problemas técnicos como vazamentos de hélio e falhas nos propulsores durante sua viagem à Estação Espacial Internacional (ISS) no início de junho, agora passa por análises e testes adicionais para garantir a segurança e retorno dos astronautas.

+ Quem são os astronautas 'presos' no espaço em nave da Boeing?

As autoridades asseguram que a Starliner é segura para trazer Williams e Wilmore de volta. No entanto, Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA, anunciou na última sexta-feira, 28, que a duração da missão pode ser estendida de 45 para até 90 dias.

Isso se deve aos testes de solo planejados pela Boeing e NASA no Novo México, que visam compreender melhor os motivos das falhas nos propulsores durante a primeira fase da viagem.

Apesar de quatro dos cinco propulsores com problemas terem sido restaurados, um deles ainda não está funcional, o que complica a previsão de uma data de retorno. Stich destacou a dificuldade de determinar uma data exata para o pouso, afirmando que a análise dos dados dos testes é um processo complexo.

Mark Nappi, vice-presidente e gerente do Programa de Tripulação Comercial da Boeing, explicou que os testes de solo são essenciais para restringir as possíveis causas das falhas dos propulsores.

Se os testes fornecerem respostas satisfatórias, a Starliner pode se desacoplar e retornar à Terra. Caso contrário, a espaçonave pode permanecer em órbita para a realização de mais testes.

Enquanto isso, os astronautas Williams e Wilmore estão integrados à equipe da ISS, realizando tarefas rotineiras. A missão Starliner enfrentou problemas desde seu lançamento em 5 de junho, com vazamentos de hélio e falhas nos propulsores. Apesar desses contratempos, a NASA e a Boeing sempre enfatizaram o caráter experimental desta missão, cujo objetivo é coletar dados para futuras melhorias na Starliner.

Segundo a CNN, a equipe da Boeing e NASA decidiu manter a Starliner acoplada à ISS para maximizar a coleta de informações sobre os problemas enfrentados. Stich afirmou que as baterias da Starliner, que estão sendo recarregadas na estação espacial, devem funcionar corretamente durante os 90 dias de missão.

Comparações

Comparada ao Crew Dragon da SpaceX, que tem realizado missões de rotina desde 2020, a Starliner da Boeing, projetada do zero, enfrenta desafios significativos. Superar a percepção de desempenho inferior no programa tem sido um desafio para a Boeing, já abalada por reveses na sua divisão aérea.

A NASA e a Boeing continuam trabalhando para garantir a segurança e o sucesso da missão Starliner, com foco na coleta de dados e resolução de problemas técnicos para futuras operações.


*Sob supervisão;

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